Quarta-feira, 25 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 5 de julho de 2022
Nelson Freitas interpreta Eike Batista nos cinemas.
Foto: Divulgação“Eike – Tudo ou nada”, cinebiografia do ex-bilionário Eike Batista, chegará aos cinemas brasileiros no próximo dia 22 de setembro.
Adaptação para as telas do livro “Tudo ou nada – Eike Batista e a verdadeira história do grupo X”, de Malu Gaspar, o filme conta com Nelson Freitas na pele do empresário e com Carol Castro interpretando Luma de Oliveira.
A trama começa em 2006, em um momento bom da economia brasileira, quando Eike decide fundar a petroleira OGX e participar dos leilões envolvendo o pré-sal. A ascensão rápida do executivo e a queda vertiginosa são objeto da produção.
Thelmo Fernandes, Marcelo Valle, Bukassa Kabengele, Juliana Alves, Xando Graça, Jonas Bloch e André Mattos completam o elenco. A direção é de Andradina Azevedo e Dida Andrade.
Leilão
Na reta final para a apresentação de lances pelo último bem valioso do ex-bilionário Eike Batista, fontes a par da negociação dão conta de que Renato da Cruz Costa, dono do RC Group, empresa que acenou com uma proposta de 350 milhões de dólares pelo ativo, não apresentou garantias para o cumprimento do pagamento. Alvo de 18 processos no Brasil e acusado de estelionato e de dar calote em diversas companhias, o dono do RC Group foi desclassificado do certame.
A disputa é referente às debêntures emitidas pela Anglo American em posse do empresário desde negociação por ativos de sua mineradora falida, a MMX, há mais de dez anos. Após a falência da MMX, os títulos foram a leilão judicial, com lance mínimo de 350 milhões de dólares, o equivalente a quase 1,7 bilhão de reais, em valores atuais. A ideia é que o valor arrecadado pelo ativo seja utilizado para o pagamento das dívidas de Eike com a União, incluindo sua delação premiada, avaliada em cerca de 800 milhões de reais, e demais credores da massa falida da mineradora. Caso isso aconteça, Eike conseguirá se ver livre de ser preso novamente.
Com a exclusão de Costa do processo de venda do ativo, a tendência é de que o valor mínimo da pedida seja desconsiderado e que o processo de apresentação de propostas pelo bem seja prorrogado. Segundo uma fonte próxima às negociações, “o preço mínimo deve desaparecer e ganhará o maior lance”, que revela ainda que há diversos interessados pelo bem, entre bancos e fundos do Brasil e de outros países. “São todos nomes de primeira linha no cenário nacional e internacional”, diz.
Fontes a par do assunto dizem que os valores envolvendo a pedida inicial pelo ativo de Eike são “irreais”. “Não faz o menor sentido esse valor. Se o cara investir em títulos do tesouro americano, terá um retorno melhor do que comprando esse título do Eike. Dificilmente vai acontecer alguma coisa nessas bases de valor”, diz um interessado no desenrolar do processo.