Domingo, 22 de dezembro de 2024
Por Cláudia Fachin | 25 de novembro de 2021
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (2001), o número de casos de infecção pelo HIV (Human Imunodeficiency Virus) e AIDS (Aquired Imunodeficiency Syndrome) vem aumentando desde sua emergência nos anos 1980, sendo uma doença endêmica em nível mundial. Estima-se que atualmente haja cerca de 37 milhões de pessoas vivendo com HIV (PVHIV) globalmente.
Com o advento da terapia antirretroviral (TARV), a taxa de mortalidade entre as PVHIV reduziu drasticamente, aumentando desta maneira a expectativa de vida deste grupo. Com isso e devido à natureza inflamatória desta patologia, as doenças cardiovasculares e síndrome metabólica vem se tornado algumas das principais comorbidades e causas de morte entre as PVHIV.
A prática regular de exercícios físicos é indicada para todos as pessoas, em especial às PVHIV, como tratamento da síndrome metabólica e prevenção de doenças cardiovasculares – além de aumentar a disposição, a auto-estima, aliviar o estresse, aliviar os sintomas depressivos de ansiedade generalizada, entre outros benefícios para a saúde em geral. Neste grupo, o exercício também é recomendado para prevenir e amenizar os efeitos colaterais provocados pelos TARV e pela própria infecção pelo HIV, como a lipodistrofia – mudanças na distribuição de gordura pelo corpo, que pode afinar braços e pernas, por exemplo.
Com o intuito de colocar o corpo em movimento, foi montado, junto à médica residente em infectologia Isadora M. Pimentel, um protocolo de exercício aeróbico a ser realizado pelo menos três vezes por semana, com duração de 20 a 60 minutos, que envolvem grandes grupamentos musculares e podem ser mantidos continuamente em ritmo aeróbio.
Os exercícios aeróbios por pelo menos 20 minutos, três vezes por semana, durante quatro semanas, já podem melhorar a aptidão cardiopulmonar e melhorar o estado psicológico de soropositivos. Segundo Dra. Isadora, não há restrição quanto ao tipo de exercícios físicos devido à infecção pelo HIV, porém estas podem ser aplicadas se necessário devido a outras comorbidades – conforme indicado pelo médico em nível individual.
Exercícios aeróbicos regulares reduzem o nível de triglicerídeos e aumentam o nível de HDL (bom colesterol) no sangue. Os exercícios de carga, como a musculação, por exemplo, ajudam a manter a massa e a força muscular.
Fazer exercícios físicos não fortalece somente o corpo, mas também a mente e a alma. É um momento só seu de investimento exclusivo em você.
Claudia Fachin – educadora física e CEO na Body Lounge
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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