Terça-feira, 26 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 12 de junho de 2023
O plantio direto é uma das tecnologias sustentáveis definidas pelo Plano ABC+
Foto: Fernando Dias/Ascom SeapiProdutores rurais do Rio Grande do Sul financiaram cerca de R$ 831 milhões, em 5.284 contratações, para aplicação de tecnologias do Plano da Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (ABC+). De acordo com dados do Plano Safra 2022/2023, R$ 269 milhões foram contratados por meio do Pronaf ABC+, R$ 202 milhões pelo Programa Proirriga e R$ 360 milhões através do Programa ABC+.
“Esses recursos foram suficientes para financiar cerca de 100 mil hectares com tecnologias de produção sustentável no ano safra 22/23”, explica o coordenador do Comitê Gestor Estadual do Plano ABC+RS, Jackson Brilhante. “Entendemos que o crédito rural é uma importante ferramenta para estimular a adoção de tecnologias de produção sustentável pelos produtores e, assim, contribuir com as metas de redução das emissões no setor agropecuário gaúcho e brasileiro”, enfatiza.
Entre as tecnologias financiadas estão: os sistemas de integração para 21 mil hectares (R$ 129 milhões); o sistema de plantio direto para 17 mil hectares (R$ 92 milhões); as florestas plantadas para 14 mil hectares (R$ 57 milhões); os sistemas irrigados para 13 mil hectares (R$ 202 milhões); e o manejo de solo para 12 mil hectares (R$ 52 milhões).
“Na linha do Programa ABC+ direcionada aos médios e grandes produtores, observou-se um aumento de 37% do valor financiado com tecnologias do Plano ABC+, o que representa uma área 22,4% maior em relação à safra de 21/22”, acrescenta Brilhante. Nessa linha de crédito, cerca de 10% dos recursos foram financiados no Rio Grande do Sul, ao passo que na linha de crédito Proirriga, que incentiva a irrigação, esse número chegou a quase 30%.
ABC+RS
O ABC+RS integra o Plano ABC+ do governo federal. Política pública cujo principal objetivo é incentivar medidas de agricultura de baixo carbono em todos os Estados brasileiros, o plano incentiva o engajamento do setor produtivo e da sociedade, integrando produtividade, adaptação e mitigação efetiva à agropecuária brasileira.
O plano gaúcho estabeleceu metas até 2030, a fim de promover a adaptação às mudanças do clima e o controle das emissões de gases de efeito estufa na agropecuária do Estado, visando ao aumento da eficiência e da resiliência dos sistemas produtivos.