Sábado, 28 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 16 de abril de 2024
Classificada como o país mais feliz do mundo pela sétima vez consecutiva, segundo o Relatório Mundial da Felicidade da Organização das Nações Unidas (ONU), a Finlândia está buscando brasileiros para trabalhar no país. Atualmente, o país está com 720 vagas nas áreas de tecnologias limpas e inteligentes, games, engenharia, saúde e educação infantil, bioeconomia, energia renovável, alimentos, computação quântica e telecomunicações.
Para incentivar brasileiros, a Business Finland, agência oficial do governo da Finlândia, realizará o evento “Finlândia: Onde o talento e o empreendedorismo prosperam” em São Paulo, nesta quinta-feira, 18 de abril. Segundo Alessandra Leone, gerente de talentos da agência, os brasileiros chamam a atenção das empresas finlandesas pela flexibilidade e facilidade para adaptação às mudanças.
“Os brasileiros são muito comprometidos e responsáveis, o que se assemelha ao mercado finlandês. Acreditamos que a diversidade das equipes de trabalho é essencial para promover um ambiente de inovação e crescimento, e aumentar a competitividade do ecossistema finlandês em escala global, por isso, buscamos cooperação e proximidade com o Brasil”, diz Alessandra.
O evento acontecerá no escritório da Business Finland (Alameda Ministro Rocha Azevedo, 38, conjunto 204 – Cerqueira César), das 16h às 18h.
A programação contará com apresentação das principais cidades da Finlândia, depoimentos de brasileiros que foram trabalhar no país e dicas para aplicação de vagas. Além disso, será abordado temas como a cultura de trabalho e os setores que estão em crescimento.
O evento não terá transmissão pela internet e as vagas são limitadas e as inscrições podem ser feitas pelo próprio site da agência. Além disso, a agência está com um stand no Web Summit Rio (um dos maiores eventos de tecnologia e empreendedorismo) até esta quarta, 17 de abril, apresentando as oportunidades de trabalho e negócios para startups.
Finlândia
Com 5,5 milhões de habitantes, a Finlândia tem um dos sistemas de educação mais inclusivos (2º lugar no Global Citizens for Human Rights) e apresenta o mais baixo nível de corrupção (2º lugar no Corruption Perceptions Index 2023). O país também é conhecido como um importante centro tecnológico europeu atraindo empresas de tecnologia, serviços financeiros digitais e startups de games.
Além disso, tem uma das maiores desenvolvedoras de jogos da Europa, sediando estúdios mundialmente conhecidos como Remedy (de Alan Wake) e Rovio (de Angry Birds) e a Fingersoft. Segundo projeções da consultoria PwC, a expectativa é que o setor alcance um faturamento global até 2026 de US$ 321 bilhões (equivalente a R$ 1. 645,88 trilhão na cotação de 4 de abril).
“A Finlândia tem histórias de sucesso globais, incluindo o domínio da Nokia, o primeiro monitor de frequência cardíaca, a caixa-preta dos aviões, o 5G e o sistema operativo Linux. Classificada como um dos ecossistemas de Inteligência Artificial mais importantes da Europa, o país abriga uma ampla gama de empresas líderes no campo”, explica a agência oficial do governo.
Mesmo com tantas oportunidades, o país vem enfrentando escassez de mão de obra finlandesa, segundo a ONU, para cada 100 habitantes com idade de trabalhar, 39,2 estão com 65 anos ou mais. A previsão é que em 20230 esse percentual alcance 47,5.
A expectativa do governo finlandês é que a imigração mude o quadro. O governo espera que o número de imigrantes seja de 20 mil a 30 mil por ano, principalmente, através de incentivos como qualidade de vida, equilíbrio entre vida pessoal e profissional, segurança e estabilidade.
“No país, a lei estabelece o máximo de 40 horas semanais. Aqui, enfatizamos o equilíbrio entre vida pessoal e profissional, proporcionando um dia de trabalho favorável aos funcionários e mantendo os empregadores em padrões elevados”, destaca a Business Finland.
Atualmente, cerca de 2,4 mil brasileiros escolheram o país como um lar local para trabalhar, de acordo com Mapeamento do Ecossistema de Inovação no Exterior do Ministério de Relações Exteriores do Brasil. As informações são do jornal Valor Econômico.