Segunda-feira, 28 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 19 de janeiro de 2023
Na noite do dia 8 de janeiro, logo após manifestantes extremistas serem retirados das sedes dos Três Poderes, um grupo de 40 peritos da Polícia Federal (PF) entrou em cena para colher vestígios deixados pelo grupo que invadiu e depredou os prédios do Palácio do Planalto, Supremo Tribunal Federal (STF) e Congresso Nacional.
Fios de cabelo, manchas de sangue, lenços, garrafinhas d’água, embalagens de alimento e fragmentos de roupas receberam atenção especial dos peritos. isso porque fluídos do corpo, como sangue e saliva, são os que mais contém material genético e o DNA poderá ser utilizado para apontar a identidade de quem esteve no local naquele dia.
De olho nisso, todos os suspeitos de participação nos atos tiveram o material genético recolhido assim que foram encaminhados às penitenciárias da Papuda e da Colmeia, no Distrito Federal. Esses dados serão cruzados com o que já foi levantado na praça dos Três Poderes.
Há ainda o chamado “DNA de toque”, recolhido de superfícies lisas e aderentes, como os vidros e pisos dos Palácios. A análise das digitais deixadas nesses locais poderá também ser usado para identificar quem passou por ali.
A PF ainda dispõe do acesso ao maior banco de dados biométricos das Américas, o do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), no qual pode conferir as digitais que aparecem em objetos como nas poltronas dos ministros no Supremo, no painel Di Cavalcanti ou no relógio do Dom João VI — todos danificados pela ação dos vândalos.
O objetivo desses exames é determinar os presos que efetivamente participaram da invasão e do quebra-quebra às sedes dos Três Poderes.