Em mais uma ofensiva no Litoral Norte gaúcho, a força-tarefa do programa “Segurança Alimentar RS” autuou nesta terça-feira (7) quatro mercados nas cidades vizinhas de Tramandaí e Imbé. Saldo: a apreensão de 1,9 tonelada de produtos impróprios ao consumo humano (com inutilização imediata ou posterior descarte), além do recolhimento de itens como raticidas, cuja venda é proibida em estabelecimentos com tal perfil.
Os quatro endereços percorridos funcionam nas praias de Nova Tramandaí, Mariluz e Santa Terezinha. Todos foram autuados. Um dos locais teve a padaria e o açougue interditados por causa das más condições de higiene, incluindo a presença de insetos e de iscas para roedores.
A operação foi comandada pelo promotor Alcindo Luz Bastos da Silva, do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP-RS). Coordenador do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Segurança Alimentar, ele menciona que a carne é foi o produto com o maior número de irregularidades constatadas, pelos seguintes motivos:
– Falta da indicação de procedência.
– Fracionamento sem autorização.
– Armazenamento em temperatura inadequada.
– Prazo de validade vencido.
Além de Bastos da Silva, participaram da operação a promotora de Justiça de Tramandaí, Susana Cordero Spode, servidores do Gaeco de Segurança Alimentar, representantes da Vigilância Sanitária Municipal de Tramandaí e Imbé, bem como das Secretarias Estaduais da Saúde e da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação. Também integraram o grupo agentes da Delegacia de Polícia de Proteção ao Consumidor (Decon) e da Patrulha Ambiental da Brigada Militar (Patram).
Torres
No dia anterior, a força-tarefa havia percorrido estabelecimentos similares na cidade de Torres, também no Litoral Norte do Estado. Foram autuados quatro estabelecimentos (três mercados e um restaurante), metade dos quais acabaram sofrendo interdição total e outro parcialmente. O resultado foi a apreensão e descarte de aproximadamente 900 quilos de produtos impróprios para o consumo.
O restaurante e o mercado interditados apresentavam péssimas condições de higiene na área de produção, assim como a padaria de outro dos endereços visitados. Todos foram autuados principalmente por comercializarem carne e outros produtos sem indicação de procedência e com prazo de validade vencido ou então com reembalagem, temperatura de armazenamento inadequada e outros problemas que colocam em risco a saúde e o bem-estar dos consumidores.
(Marcello Campos)