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Flávia Alessandra: “Eu era só a artista, brindando e sorrindo, e aprendi a me mostrar de verdade”

(Foto: Reprodução)

Flávia Alessandra prefere trocar o termo ‘referência’ por ‘inspiração’;, como uma das mulheres mais admiradas da sua geração nas telinhas. Nas novelas desde a adolescência, a atriz fala dos aprendizados que adquiriu com a maturidade em meio à chegada dos 50 anos e a influência das filhas, Giulia Costa, 24, e Olívia, 14, no processo de se mostrar de forma mais verdadeira ao mais de 12 milhões de seguidores.

“Acho que a palavra referência tem um pouco de peso, brinco que gosto de ser uma inspiração para as pessoas nesse lugar de uma pessoa que sempre buscou um equilíbrio, bem-estar. Isso foi o que falei a minha vida inteira, porque, de fato, quando a gente faz as contas, estou com 50. Minha primeira novela foi aos 15 anos, ou seja, dois terços da minha vida passei ali exposta numa TV”, reflete.

A experiência na mídia fez a artista se blindar do impacto de eventuais críticas que não sejam construtivas. “Acaba sendo inevitável ter comentários, ter comparação e já entendi que eles sempre vão existir. O que posso dizer é que a maturidade traz mais essa plenitude para gente de não se incomodar tanto com o que os outros falam. Acho que a gente entende que é muito mais sobre o nosso lugar, o nosso querer sobre os nossos anseios e desejos e isso é muito bom”, declara.

Palestrante do painel Beleza sem Idade do evento B.O.D.Y, promovido por Ju Ferraz sobre empoderamento feminino, ela pontua o novo leque de opções para a comunicação. “Resolvi me abrir na vertical dos 50 anos, falar de etarismo, menopausa, porque são questões que até então não se falava, se escondia, era meio que tabu. Nós, mulheres, temos que criar nosso clubinho de troca, proteção, apoio, essa rede nossa. Quanto mais a gente criar, mais forte a gente vai ficar”, ressalta.

Inspiração real

Flávia Alessandra diz que o lugar de inspiração hoje é muito mais palpável com a chegada das redes sociais. “A gente saber o que a gente é e poder ser isso para outras mulheres é muito mais real. Antigamente, era na revista, era algo tão distante, tinha o feedback através de cartas de fãs que chegavam na Globo, era um outro timing. Era uma outra comunicação de tudo”, relembra.

“Hoje, é tudo muito mais instantâneo, mais quente. O maravilhoso da rede social é ter uma troca saudável com esse caminho de abrir as fragilidades, de contar medos, vitórias e derrotas. É muito bom estar ali, poder servir dessa inspiração, mas nesse lugar humano, de verdade, distante de uma perfeição e de uma estante”, acrescenta.

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