Segunda-feira, 27 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 1 de fevereiro de 2024
A fala aconteceu após uma reunião de líderes da oposição com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco.
Foto: Edilson Rodrigues/Agência SenadoO senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) acredita que será o próximo alvo da Polícia Federal (PF) no inquérito que investiga o uso ilegal da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para o monitoramento de autoridades durante o governo de Jair Bolsonaro.
A fala aconteceu após uma reunião de líderes da oposição com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Flávio foi citado pela PF como receptor de informações da Abin para auxiliar em processos que responde na Justiça.
“Está muito claro que, pelo modus operandi, é isso que vai acontecer. E sem sentido, mais uma vez. Eu quero crer, ainda, que exista justiça e que decisões drásticas, como a busca e apreensão, sejam feitas com base em provas”, afirmou Flávio.
Ao responder à uma pergunta sobre o jet ski utilizado por ele não ter retornado da pescaria em família no momento em que seu irmão, o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) era alvo de buscas da PF, Flávio criticou a investigação e disse haver uma “Polícia Federal paralela”, que persegue opositores do governo de Luiz Inácio Lula da Silva. O senador afirmou que não retornou porque não era alvo e tinha outros compromissos.
“Está começando a circular uma fake news da Polícia Federal paralela, vinculada diretamente ao Lula, porque está fazendo perseguição política a opositores”, disse.
A informação foi divulgada pelo portal Metrópoles.
“Isso é uma narrativa absurda. O que aconteceu segunda-feira com o vereador Carlos Bolsonaro, na residência do ex-presidente (Jair) Bolsonaro, é uma pescaria probatória, o que é vedado pela nossa legislação. Por muito menos, várias investigações já foram arquivadas”, acrescentou o parlamentar.
Segundo Flávio, a equipe da PF cogitou apreender os celulares de todos os políticos presentes na residência em Angra dos Reis (RJ), mas acabou recuando.
“O que eles querem é ter um desdobramento para pegar todo mundo de uma vez só. Havia uma intenção não republicana de apreender todos os aparelhos de todos os Bolsonaros”, disse.
No encontro com Pacheco, Flávio estava acompanhado do líder da oposição, Rogério Marinho (PL-RN) e dos senadores Eduardo Girão (Novo-CE), Izalci (PSDB-DF), Tereza Cristina (PP-MS), Marcos do Val (Podemos-ES), Carlos Portinho (PL-RJ) e Márcio Bittar (União-AC).
Segundo Marinho, os oposicionistas apresentaram a Pacheco uma pauta legislativa com “a intenção de reafirmar as prerrogativas do Parlamento Brasileiro”. O senador Girão disse que um dos pontos abordados foi o fim do foro privilegiado. A proposta foi aprovada na Casa e está na Câmara dos Deputados.
“Essa reunião foi muito bem recebida pelo presidente Rodrigo Pacheco, e nós solicitamos algumas pautas, dentre elas, o fim do foro privilegiado, nessa interlocução com a Câmara dos Deputados, consideramos o foro privilegiado uma blindagem grande, um guarda-chuva de um mecanismo que protege os poderosos no Brasil”, pontuou Girão.
Os parlamentares criticaram a atuação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moares na condução dos inquéritos de ofício que atingem parlamentares e apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).