Segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 17 de maio de 2020
Flávio é filho do presidente Jair Bolsonaro
Foto: Pedro França/Agência SenadoO empresário e suplente de senador Paulo Marinho afirmou que o senador Flávio Bolsonaro (PSL) foi avisado com antecedência por um delegado da PF (Polícia Federal) sobre a deflagração da Operação Furna da Onça, que culminou na prisão de diversos parlamentares do Rio de Janeiro em novembro de 2018.
Marinho foi um dos principais apoiadores da campanha presidencial de Jair Bolsonaro. Segundo ele, o coronel Miguel Braga, chefe de gabinete do então deputado estadual, acompanhado do advogado Victor Alves e de Val Meliga, ex-presidente do PSL no Rio, se encontraram com o delegado na porta da Superintendência da PF no Rio de Janeiro, na Praça Mauá.
Conforme Marinho, o delegado fez a seguinte afirmação a eles: “Vai ser deflagrada a Operação Furna da Onça, que vai atingir em cheio a Assembleia Legislativa do Rio. E essa operação vai alcançar algumas pessoas do gabinete do Flávio. Uma delas é o Queiroz e a outra é a filha do Queiroz, que trabalha no gabinete do Jair Bolsonaro [que ainda era deputado federal] em Brasília. Nós vamos segurar essa operação para não detoná-la agora, durante o segundo turno, porque isso pode atrapalhar o resultado da eleição”, teria dito o delegado, segundo Marinho.
O empresário afirmou, em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, que o delegado recomendou providências e que essas vieram na forma das demissões de Queiroz e da sua filha. De acordo com Marinho, as revelações foram feitas a ele pelo próprio Flávio, em 13 de dezembro de 2018, quando a Furna da Onça já havia sido realizada.