Segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
Por Larissa Durães | 29 de julho de 2021
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Desde março deste ano, o CDC americano alterou as regras de distanciamento entre as crianças na escola de 6 feet (em torno de 1,84m) para 3 feet, que seria correspondente a 1m.
Inicialmente, a recomendação de 2m de distanciamento entre as crianças foi baseada em estudos históricos de outras doenças contagiosas, como a SARS-CoV-1 em ambiente hospitalar. Entretanto, evidências emergentes internacionais sugerem que a divisão em camadas de outras estratégias de prevenção é eficaz na redução do risco de transmissão de SARS-CoV-2, mesmo com distâncias físicas menores.
No nosso Estado, ainda mantemos os 1,5m de distanciamento, mesmo neste momento sanitário mais liberal nas restrições de outros setores econômicos. Além das inúmeras evidências científicas já consolidadas de que a transmissibilidade na infância é baixa, sabemos que a doença é branda entre crianças especialmente menores de 10 anos. Porém, o distanciamento atual impede o retorno escolar 100% presencial de centenas de crianças gaúchas, aumentando a evasão escolar e perdas de picos de desenvolvimento cognitivo e de regulação emocional. Outros Estados brasileiros, como São Paulo, já avançaram neste quesito, seguindo a tendência mundial.
Corroborando com esse posicionamento, a Organização Mundial de Saúde (OMS) e a Academia Americana de Pediatria também recomendam um distanciamento menor entre os alunos.
O projeto Lugar de Criança é na Escola (LCE) vem reforçar a importância desta medida o mais breve pelo governo do Estado do RS.
Dra. Larissa Durães pediatra e membro do Comitê Científico do Projeto Lugar de Criança é na Escola.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.