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Brasil Floresta amazônica vale mais em pé do que derrubada, dizem executivos do Santander, Bradesco e Itaú

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Amazônia Legal tem maior desmatamento desde 2006. (Foto: Reprodução)

Para os presidentes dos maiores bancos privados do País, preservar a Amazônia não é apenas uma questão ambiental, mas também de negócios. Foi pensando nisso que, há pouco mais de um ano, em junho de 2020, Bradesco, Itaú e Santander lançaram o Plano Amazônia, com o objetivo de promover o desenvolvimento sustentável da região. Nesta sexta-feira (3), durante o evento Bioeconomia em Foco, as instituições fizeram um balanço do que vem sendo realizado nesses últimos meses.

“Temos uma obrigação com a sociedade brasileira de fazer alguma coisa, e não tem a ver com caridade, isso para nós é business”, disse Octavio de Lazari, CEO do Bradesco. “A partir desse mercado organizado, imagine o quanto tem de riqueza no Brasil, de tantas empresas no mundo que precisam compensar suas emissões (de carbono), o quanto de recursos financeiros podem vir para este bioma, fruto da preservação que a gente pode fazer na floresta amazônica.”

O executivo disse ainda que é possível produzir e gerar riqueza de forma sustentável, e beneficiando a população local. Citou como exemplo um financiamento que os três bancos fizeram recentemente para uma empresa da região que tinha como projeto adquirir uma balsa movida a energia solar para recolher o açaí coletado de forma responsável pelos ribeirinhos.

“Essas pessoas recolhem o açaí, mas normalmente não têm como armazenar, então vendem para os atravessadores por um preço muito baixo. Através desse negócio eles vão receber mais que o dobro, e perceberão que vale a pena fazer uma colheita sustentável”, explicou Lazari.

Presidente do Itaú Unibanco, Milton Maluhy Filho afirmou que este primeiro ano do Plano Amazônia foi de “muito aprendizado”, e com a definição de quatro principais linhas de atuação: indústria frigorífica, culturas sustentáveis, regularização fundiária e bioeconomia.

Ele destacou a importância da Amazônia para o enfrentamento das mudanças climáticas e para a transição para uma economia de baixo carbono, e disse que é preciso reconhecer que as questões ambientais não são mais uma responsabilidade do Estado, mas também das empresas e cidadãos.

“É preciso construir políticas pautadas em dados científicos e combater fortemente o desmatamento ilegal, que já atinge 17% do território amazônico. Precisamos usar a tecnologia e o capital disponíveis para desenvolver um modelo que seja capaz de consertar o que já destruímos.”

Para o CEO do Santander, Sérgio Rial, “a floresta vale muito mais em pé do que desmatada”, e é preciso que o setor financeiro reflita sobre como pode contribuir para essa preservação.

“Historicamente, os bancos transitavam onde o PIB existia, e não onde as pessoas e as necessidades de futuro eram prementes, isso ficava a cargo dos bancos de desenvolvimento. Temos que trazer para cada um de nós a responsabilidade dessa agenda ambiental.”

O executivo afirmou ainda que os bancos têm dialogado com a indústria frigorífica, que avalia ser possível oferecer mais transparência para sua cadeia de produção, com a possibilidade de rastrear o processo de criação e abate dos animais, além da preservação da floresta. No entanto, Rial aponta que uma política de desmatamento zero é considerada “mais para a frente”.

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