Segunda-feira, 28 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 9 de janeiro de 2018
A empresa SpaceX lançou no último domingo (7) “um artefato espacial” no âmbito de uma missão secreta do governo americano, conhecida como “Zuma”. O foguete Falcon 9 foi lançado de Cabo Canaveral (Flórida) às 20h locais (23h de Brasília), segundo imagens transmitidas pela SpaceX.
A empresa de propriedade de Elon Musk e o Pentágono não responderam às perguntas da imprensa sobre a missão. O grupo Northrop Grumman, fabricante do artefato, explicou que seu cliente é o governo americano e que a carga será posta em órbita baixa.
A SpaceX já realizou dois lançamentos de missões secretas: um satélite-espião do Escritório Nacional de Reconhecimento e o avião espacial não tripulado X-37B, da Força Aérea americana. Este lançamento é o primeiro da companhia aeroespacial de 2018, depois de encerrar 2017 com o recorde de 18.
Apesar da carga ultrassecreta da missão, o lançamento em si não é nenhum segredo e foi transmitido ao vivo pelo YouTube a partir do Cabo Canaveral, de onde a NASA também lança a grande maioria de suas espaçonaves.
A ideia inicial era lançar a missão ainda em novembro de 2017, mas alguns fatores – muitos deles desconhecidos do público – acabaram atrasando a missão algumas vezes. Para a surpresa de todos, tudo deu certo e a carga foi levada para o espaço finalmente.
Espaço
Você sabe onde acaba a Terra, ou a nossa atmosfera, e começa o espaço? Pode parecer uma pergunta um pouco boba, mas é o alvo de muitos estudos de cientistas heliofísicos que vão se beneficiar com o novo lançamento da Nasa, a agência espacial americana. O satélite da missão Gold vai examinar a resposta da atmosfera superior ao impulso do Sol, a magnetosfera e a atmosfera mais baixa.
A missão vai coletar dados sobre a composição e a temperatura da ionosfera, indo de uma altitude de cerca de 60 km acima da Terra para mais de 1.000 km. A missão vai ser lançada juntamente com um satélite comercial que nada tem a ver com os trabalhos da Nasa, o SES-14.
É a primeira vez que a agência espacial norte-americana “pega carona” em um lançamento comercial para levar ao espaço um satélite científico. O objetivo é economizar dinheiro, o que aparentemente deu certo: a missão vai custar “apenas” US$ 55 milhões, ou R$ 178 milhões. O lançamento será feito na Guiana Francesa no dia 25 de janeiro.
Segunda parte
Um segundo satélite vai seguir o caminho do Gold para estudar mais do comportamento da ionosfera – e não apenas para fins acadêmicos, mas para melhorar as transmissões de onda de rádio em nosso planeta.
A missão Icon vai orbitar a Terra em um lugar mais baixo e só será lançada por volta de outubro, quando as informações coletadas pela Gold começam a ser capturadas.
Tudo só vai ser encerrado em 2020, quando finalmente os cientistas vão ter uma noção muito melhor de como funcionam as fronteiras de nosso planeta com o espaço.