Terça-feira, 29 de abril de 2025

Porto Alegre

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Brasil “Foi um mês perdido”, diz o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta sobre a demissão de seu sucessor, Nelson Teich

Compartilhe esta notícia:

"Cuidado. A morte está na espreita e na conta dos incautos. Reflita e reze", escreveu o ex-ministro. (Foto: Isac Nóbrega/PR)

O ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta classificou a nova baixa na pasta, anunciada nessa sexta-feira (15), como uma perda de tempo prejudicial ao País durante a pandemia de covid-19. “A única coisa que sei é que foi um mês perdido, jogado na lata do lixo”, disse ao jornal O Estado de S. Paulo. Seu sucessor, Nelson Teich, pediu demissão do cargo menos de um mês após assumir.

A exemplo de Mandetta, Teich deixou o governo após confrontos com o presidente Jair Bolsonaro sobre a melhor estratégia de combate à pandemia do novo coronavírus.

Para o ex-ministro, que ocupou o cargo de janeiro do ano passado até abril deste ano, ainda não é possível fazer um prognóstico sobre como ficará o combate à doença, que matou mais de 14 mil pessoas no País até agora. Quando Mandetta foi demitido, o número de óbitos era de 1.736.

“Não dá para falar nada. Não sei quem vai ser o novo ministro. O momento é de oração. Gostaria de dizer para você que estou rezando um terço agora”, afirmou.

Mais cedo, logo após a notícia da demissão de Teich, Mandetta foi ao Twitter desejar “força” ao SUS (Sistema Único de Saúde).

Teich, que é médico oncologista, participou como consultor da área de saúde da campanha de Bolsonaro e foi indicado ao cargo por associações médicas e pelo secretário de Comunicação, Fábio Wajngarten.

Na ocasião, o Palácio do Planalto procurava um nome para substituir o então ministro Luiz Henrique Mandetta, com quem Bolsonaro também divergia sobre a melhor estratégia no enfrentamento da pandemia.

Entre os principais pontos de conflito estão a defesa do isolamento social, considerado por especialistas e organizações de saúde do mundo todo como a forma mais eficaz de se evitar a propagação da covid-19. Enquanto os ministros-médicos recomendavam que as pessoas ficassem em casa, Bolsonaro deu diversas declarações defendendo a volta à normalidade.

As demissões de Teich e de Mandetta também se deram após pressão de Bolsonaro para que a pasta alterasse protocolos envolvendo o uso de cloroquina em pacientes da covid-19. Atualmente, a recomendação do Ministério da Saúde – publicada ainda na gestão Mandetta – é a utilização apenas em casos graves e de internação.

Bolsonaro, porém, tem defendido a prescrição ampla da substância, cuja eficácia contra a doença não tem comprovação científica.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Brasil

Bolsonaro manda general assinar decreto que vai liberar a cloroquina a todos os pacientes com coronavírus
A imprensa internacional destaca que a demissão de Nelson Teich foi a segunda mudança no cargo de ministro da Saúde no Brasil em meio a pandemia do coronavírus
https://www.osul.com.br/foi-um-mes-perdido-diz-o-ex-ministro-da-saude-luiz-henrique-mandetta-sobre-a-demissao-de-seu-sucessor-nelson-teich/ “Foi um mês perdido”, diz o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta sobre a demissão de seu sucessor, Nelson Teich 2020-05-15
Deixe seu comentário
Pode te interessar