Domingo, 06 de outubro de 2024
Por Redação O Sul | 15 de maio de 2023
Segundo o relatório, o acidente aéreo que provocou a morte de Marília foi causado pelos cabos transmissores sem identificação.
Foto: Reprodução/InstagramO Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), da Força Aérea Brasileira (FAB), apresentou na tarde desta segunda-feira (15), o resultado final da investigação sobre o acidente aéreo que causou a morte de Marília Mendonça e outras quatro pessoas, em novembro de 2021. O documento foi apresentado em primeira mão, ao representante da família da cantora, o advogado Robson Cunha.
Em entrevista coletiva à imprensa, transmitida ao vivo pelo Instagram, o advogado explicou o motivo de dona Ruth, mãe de Marília, não ter ido a Brasília receber o relatório com as conclusões da investigação.
“A dona Ruth não quis estar presente hoje, não é interesse dela fazer qualquer tipo de sensacionalismo em cima disso. A dona Ruth entende que nada de que vier a ser tratado aqui vai trazer a vida de Marília de volta, então, o único interesse dela é que a partir desse evento não ocorra acidentes como estes novamente”, declarou.
Segundo o relatório, o acidente aéreo que provocou a morte de Marília foi causado pelos cabos transmissores sem identificação, no qual a aeronave colidiu ao se aproximar do aeroporto.
“O Cenipa vai indicar agora, dentre as possíveis melhorias, a identificação daquele cabo, daquela linha de transmissão, para que sejam colocados identificadores”, completou o representante jurídico da família da cantora.
Questionado se houve alguma falha mecânica ou humana no acidente, o advogado foi enfático: “Não houve nenhuma falha da aeronave, não houve pane seca, nenhuma falha do objeto, nem mecânica, não houve nada desse tipo, e também não houve nenhum erro por parte do piloto. Não demonstra nenhuma situação que ele [piloto] não pudesse de fato fazer. Hoje nós temos como principal motivo do acidente o obstáculo que foi encontrado que ocasionou o impacto e o acidente. Então as circunstâncias que foram apresentadas, a própria perícia que vai ser feita através da Polícia Civil de Caratinga que vão apontar”.
Sobre a alteração do plano de voo, citada nas investigações, o advogado explicou que, de acordo com o relatório, apesar do plano ter sido levemente alterado, a decisão do piloto não foi irregular.
“Existia um plano de voo, de fato há uma retificação dele daquilo que tinha no plano de voo, mas a decisão tomada pelo piloto não é irregular, dentro da mudança que houve não há uma irregularidade, estava dentro das possibilidades dele fazer aquela alteração que foi feita”, concluiu.