Quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 17 de agosto de 2022
Caças F-16 de Taiwan riscaram o céu na noite desta quarta-feira (17, horário local) em uma demonstração de força diante da mídia, para mostrar a determinação dos militares em defender a ilha democraticamente governada diante de dias de exercícios de guerra feitos pela China.
A China, que reivindica Taiwan como parte de seu território, vem realizando exercícios militares ao redor da ilha após uma visita no início deste mês da presidente da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, seguida por cinco legisladores norte-americanos no domingo (14) e na segunda-feira (15).
A visita de Nancy enfureceu a China, que respondeu com lançamentos de teste de mísseis balísticos sobre Taipé pela primeira vez e enviando navios de guerra e caças para perto de Taiwan, embora a escala das atividades tenha diminuído bastante.
Em uma viagem organizada pelo governo à importante base aérea de Hualien, na costa leste montanhosa de Taiwan, a primeira a uma instalação militar desde o início dos exercícios chineses, os repórteres assistiram a equipe terrestre taiwanesa demonstrar como rapidamente carregam armas nos F-16, incluindo os mísseis antinavio Harpoon da Boeing.
O porta-voz do Ministério da Defesa taiwanês, Sun Li-fang, disse a repórteres na base que, embora condenassem as ações da China, esta era uma boa chance para as forças de Taiwan aprimorarem suas habilidades.
“Aproveitaremos esta oportunidade para testar todo o treinamento que normalmente fazemos e, com isso, melhorar nossos métodos atuais e aumentar nossa eficácia de combate, disse ele.
Embora os caças taiwaneses, incluindo os F-16 de Hualien, tenham atuado repetidamente desde o início deste mês, o ministério enfatizou a resposta “calma” de Taiwan e que não houve confrontos.
A presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, disse que não está tentando provocar ou aumentar as tensões.
Nesta semana, o vice-chefe do Estado-maior da Força Aérea de Taiwan, Tung Pei-lun, disse que as imagens divulgadas pelo exército da China sobre as ilhas Penghu são “exageradas” e que as forças chinesas não chegaram perto das ilhas. Segundo Pei-lun, as imagens divulgadas fazem parte de uma “guerra de informação chinesa”.
“A China usou os truques exagerados da guerra cognitiva para mostrar o quão perto estava de Penghu, o que não é verdade”, disse Pei-lun a jornalistas em Tapei.
Na última segunda, o Ministério da Defesa da China anunciou que voltou a realizar exercícios militares ao redor Taiwan. No dia anterior, uma delegação formada por congressistas norte-americanos chegou a Taiwan. Aviões chineses sobrevoaram a região da ilha autogovernada durante patrulhas e divulgaram na rede social chinesa Weibo as imagens da ilha Penghu, localizada no estreito de Taiwan.