A Força Espacial dos Estados Unidos anunciou que vai fazer o primeiro exercício militar em órbita da potência americana. O órgão de Defesa fechou uma parceria com duas empresas do setor aeroespacial para a missão pioneira que vai demonstrar como as forças militares podem contra-atacar potenciais “agressões em órbita”.
Cenário realista
Segundo comunicado da Força Espacial, a missão vai contar com uma espaçonave construída e lançada pela Rocket Lab, que perseguirá outro satélite feito pela startup True Anomaly. Os fornecedores exercerão um cenário realista de resposta a ameaças em uma demonstração de conscientização do domínio espacial em órbita chamada Victus Haze, disse o Comando de Sistemas Espaciais da Força Espacial.
Possíveis ameaças
Os Estados Unidos classificam como possíveis ameaças, por exemplo, um satélite que realize manobras que o aproximem de outra espaçonave dos EUA, assim como satélites com comportamentos incomuns ou inesperados. Nesses casos, a Força Espacial quer entender como dissuadir um adversário de agir ou para defender um satélite dos EUA de um ataque.
“Quando outra nação coloca um ativo no espaço e não sabemos exatamente o que é esse ativo, não sabemos qual é a sua intenção, não sabemos quais são suas capacidades, precisamos ter a capacidade de ir até lá e descobrir o que é isso”, disse o General Michael Guetlein, vice-chefe de operações espaciais da Força Espacial.
Satélite adversário
Nessa missão, a nave da True Anomaly será lançada primeiro para se comportar como um satélite de um potencial adversário. Já a Rocket Lab terá um satélite pronto para decolar e inspecionar a espaçonave da True Anomaly, que será lançado sob o comando da Força Espacial.
Outono de 2025
Se tudo funcionar até esta etapa da missão, as duas espaçonaves trocarão de papéis, com o satélite da True Anomaly manobrando ativamente ao redor do satélite da Rocket Lab. Segundo a Força Espacial, a True Anomaly e a Rocket Lab entregarão suas espaçonaves até o outono de 2025. As informações são do jornal O Globo.