Domingo, 12 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 12 de maio de 2024
A Força Nacional de Segurança Pública (FNSP) expandiu suas operações no Rio Grande do Sul para garantir a proteção – inclusive contra estupros – em abrigos que recebem vítimas de enchentes. Por determinação do ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, o efetivo presta não apenas ações de resgate, mas também apoio ao policiamento ostensivo. O efetivo cedido pela corporação chegará a 300 integrantes nesta semana.
A Força Nacional está colaborando com o Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Sul em operações de salvamento nas cidades de São Leopoldo e Canoas. Os agentes também oferecem apoio ao policiamento ostensivo em diversas localidades, como Porto Alegre e Nova Santa Rita.
De acordo com o MJSP, neste momento, as operações estão focadas no patrulhamento e salvamento embarcados, reconhecimento terrestre, apoio à Brigada Militar (Polícia Militar gaúcha) e ao Corpo de Bombeiros, e também incluem abordagens terrestres e aquáticas para resgate de pessoas e animais ilhados.
Além da Força Nacional, considerando a presença de Polícia Federal (PF), Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Força Penal Federal (FPF), o MJSP encaminhou mais de mil servidores para atuação no Rio Grande do Sul.
Os agentes federais atuam nas áreas atingidas pelas enchentes com o suporte de cinco helicópteros, 21 embarcações de resgate e 18 botes de resgate. Também estão sendo utilizados na força-tarefa federal 11 jet skis e mais de 200 viaturas (entre viaturas comuns, viaturas-reboque, caminhonetes especiais, caminhões e ônibus).
Crimes
Em meio a tragédia que atinge 447 das 497 cidades do Rio Grande do Sul, abusadores encontraram um cenário propício para seguir cometendo crimes. Até a última sexta-feira (10), oito pessoas foram presas por estupro nos abrigos, segundo a Secretaria de Segurança Pública do Estado.
Diante da vulnerabilidade de mulheres e crianças nesses locais, ONGs e órgãos do Estado estão criando abrigos específicos para o acolhimento desses grupos.
O Ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, anunciou a implementação de novos abrigos para mulheres e crianças vítimas de violência. A ação será feita junto ao Ministério Público gaúcho e ao Tribunal de Justiça do Estado.
Segundo o MP, a realidade vista hoje nos abrigos são reflexos do que já acontecia nas casas dessas pessoas. “Os abrigos reproduzem o que infelizmente aconteceu nas casas dessas vítimas. Então nesse microcosmos que se criou ali essas coisas aparecem aos olhos da sociedade. Mas o MP está atuando em todas essas áreas”, afirmou um porta-voz da comunicação do órgão.
Essa estrutura da violência também é destacada pelos movimentos Me Too Brasil e Instituto Survivor, que estão atuando juntos na proteção desses grupos em todo o Rio Grande do Sul. Segundo uma nota conjunta, as arrecadações de menos de um dia, que estão sendo feitas via pix e por conta bancária, já possibilitaram a abertura de dois abrigos, um em Canoas e outro em Novo Hamburgo, para o acolhimento e apoio de mulheres e crianças em situação de violência, gestantes, idosas e mães.
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