Quarta-feira, 25 de dezembro de 2024
Por Eduardo Battaglia Krause | 18 de outubro de 2024
Evento emocionou a todos.
Foto: DivulgaçãoEsta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
O título diz tudo. Segunda-feira, dias atrás, o nosso orgulho da cultura gaúcha, Theatro São Pedro, se abriu para um projeto diferenciado pelo próprio título deste artigo – Força Rosa – duas palavras tão diferentes, que juntas dão dimensão a um tema que precisa, a cada passo, de maior visibilidade. Não foi um evento a mais, não que a cultura e a arte não estivessem presentes, estavam e muito. Foi além, em cena um espetáculo que cativou, emocionou e envolveu os espectadores.
Cristina Ranzolin e Alice Bastos Neves recentemente enfrentaram o câncer. Passaram pela dor e o árduo caminho da recuperação deste nefasto abalo que vem sem avisar. Foram as apresentadoras da noite. Pelo desejo da bemquerença, abriram mão de seus sobrenomes, de seus afazeres profissionais e emprestaram seus sorrisos cativantes, levando carinho, afeto e segurança a um sem número de pacientes que estão passando pelo infortúnio que elas passaram.
Cristina e Alice levaram ao público uma noite de força e leveza entremeando música, poesia e um desfile de moda a uma plateia atenta que estava ali pelo tudo que representa a Liga Feminina de Combate ao Câncer. Faz 70 anos, uma mulher de fibra, dona Henriquieta Flores Soares Marsiaj, deixou a sua zona de conforto e, inobstante não ter sofrido o que tantas mulheres sofreram, muitas sem nenhum amparo, fundou a Liga. Foi a primeira pessoa a amparar as mulheres que precisavam de apoio e a difundir a prevenção do câncer. Foi um exemplo de solidariedade.
A dedicação permanente resultou num exército de 5200 voluntárias em 87 regiões de nosso Estado, no abrigo seguro do Hospital Santa Rita e do Hospital da Criança Santo Antonio, cuja rede cada vez mais se amplia. O voluntariado não tem idade, não tem currículo, apenas o desejo de cuidar do outro com informação, com trabalho preventivo, carinho e esperança. Lutar pela vida e pela saúde sempre vale a pena. O doente precisa de remédios mas, também, de uma mão estendida. Estes 5200 anônimos e anônimas se cotizam, se envolvem, buscam recursos, fazem atividades para angariar fundos, trabalho que dá suporte em passagens, alimentos, medicação e exames de mama e colo de útero, tudo graciosamente aos que mais precisam.
Formaram jovens voluntárias que já traçam o mesmo caminho, dar e doar sem ver a quem. Vera Bernanrdes, atual Presidente da Liga, cativou a todos enfatizando que a Liga precisa estar em constante multiplicação. Um chamamento que vem com o sorriso da Alice, da Cristina e de tantas outras mulheres que venceram esta batalha que não termina. O mês de outubro reforça a expressão Força Rosa com o inestimável trabalho filantrópico na luta contra o câncer. Vem te somar conosco, liga@santacasa.org.br.
(Eduardo Battaglia Krause – Em nome dos colaboradores da Fundação Theatro São Pedro)
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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