Sábado, 23 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 3 de setembro de 2020
Com a demissão coletiva, não sobra nenhum procurador na força-tarefa
Foto: ReproduçãoSete integrantes da Lava-Jato de São Paulo pediram demissão da força-tarefa na noite desta quarta-feira (02). Em documento encaminhado ao procurador-geral da República, Augusto Aras, eles alegam “incompatibilidades insolúveis com a atuação da procuradora natural dos feitos da referida Força-Tarefa, Dra. Viviane de Oliveira Martinez”.
Com a demissão coletiva, não sobra nenhum procurador na força-tarefa. As críticas à chefe da Lava-Jato em São Paulo estavam se acentuando nas últimas semanas. Fontes dizem que Viviane é “burocrata” e “sem comprometimento” com a operação.
Mas também há claramente o incômodo com a incerteza em relação ao futuro da força-tarefa no momento em que ela tem tentado avançar em investigações que sempre tiveram dificuldades no estado, como as contra José Serra e Geraldo Alckmin.
As demissões ocorrem na esteira do pedido de afastamento de Deltan Dellagnol no comando da força-tarefa da Lava-Jato de Curitiba. Apesar de os procuradores paulistas considerarem seu substituto, Alessandro Oliveira, um ótimo quadro técnico, a frustração é grande.
Em Brasília, a leitura na PGR é a de que a saída coletiva poderá ensejar processos administrativos contra os procuradores e que há uma clara reação a Aras no gesto.