Terça-feira, 21 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 11 de janeiro de 2023
Forças de segurança do Distrito Federal e nacionais estão com um forte aparato policial e de socorro à espera de um protesto bolsonarista na Esplanada do Ministérios, nesta quarta-feira (11). O ato está previsto para as 18h, mas até as 16h não havia sinal de manifestantes.
A prisão de responsáveis pelos atos contra a democracia diminuiu o tom favorável a um golpe de Estado em grupos virtuais, que não fomentaram com o mesmo vigor do último domingo as pautas por novos ataques. A parcial de detidos é 1.187, segundo apurado pelo Metrópoles.
Nos arredores da Esplanada, todo o efetivo da Polícia Militar do DF, parte do contingente da Polícia Federal (PF) e da Força Nacional estão a postos. Agentes da Polícia Civil do DF também foram chamados a fim de reforçar o atendimento à cidade.
Fechada para veículos, a Esplanada tem dezenas de viaturas policiais, helicóptero e reforço do Batalhão de Cães. Equipes do DF Legal também acompanham. Quase 10 vans e ônibus da PM foram posicionados. Dentro, capacetes, cassetetes e mais equipamentos de preparação contra confrontos.
A megaoperação é comandada pelo interventor federal na Segurança Pública do DF, Ricardo Cappelli. Em entrevista à imprensa, o também secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública garantiu que “não há hipótese de se repetir na capital o que aconteceu”.
Ele se referia ao ato antidemocrático, no qual vândalos bolsonaristas depredaram as sedes dos Três Poderes da República: o Palácio da Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF).
O interventor ainda mandou fechar a Esplanada dos Ministérios para se antecipar quanto à segurança do local.
Depoimentos
A Polícia Federal (PF) terminou, na tarde dessa quarta-feira (11), de colher os depoimentos dos manifestantes detidos por participação nos atos antidemocráticos que destruíram as sedes dos Três Poderes na Esplanada dos Ministérios em Brasília (DF). Os ataques ocorreram sem controle durante cerca de duas horas até que as forças de segurança dessem resposta à altura.
Os radicais estavam no ginásio da Academia da Polícia Federal. Entre os detidos, 1.159 foram presos e levados para o Complexo Penitenciário da Papuda ou para a Penitenciária Feminina do Distrito Federal (PFDF), conhecida como Colmeia.
De acordo com a PF, 684 pessoas responderão em liberdade. São idosos, pessoas com problemas de saúde, em situação de rua e pais/mães acompanhados de crianças.
Depois do interrogatório, os presos foram entregues para a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), que encaminhou ao Instituto Médico Legal (IML) e às unidades prisionais. Durante o período de detenção, as equipes médicas disponibilizadas no local realizaram 433 atendimentos. Entre eles, 33 detidos foram direcionados a unidades de saúde.