Domingo, 29 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 6 de novembro de 2023
Até 30 de janeiro de 2024, os promotores do GP de São Paulo terão que apresentar um plano formal de remediação à FIA.
Foto: DivulgaçãoApós um representante ser convocado pela Federação Internacional de Automobilismo (FIA), a organização do GP de São Paulo admitiu falha de segurança que permitiu invasão de pista antes do fim da corrida. No domingo (5), Max Verstappen venceu a prova no circuito de Interlagos, chegando à 17ª vitória na Fórmula 1 2023. Lando Norris e Fernando Alonso fecharam o pódio.
A decisão dos comissários cita infração ao artigo 12.2.1.h. do Código Esportivo Internacional da FIA, quando há falha na tomada de medidas razoáveis e surgimento de situações inseguras. A organização local admitiu falha e que houve uma “situação inaceitável”, que poderia ter tido “consequências desastrosas”.
Segundo o documento divulgado pela FIA, um grupo de torcedores conseguiu romper as linhas de segurança e acessar a área de escape da curva 1, no S do Senna, quando ainda havia carros na pista. Os seguranças e os procedimentos esperados não foram cumpridos e/ou não foram suficientes para controlar a situação.
Até 30 de janeiro de 2024, os promotores do GP de São Paulo terão que apresentar um plano formal de remediação à FIA, levando em consideração os incidentes do domingo. O assunto foi oficialmente encaminhado ao Conselho Mundial de Esporte a Motor; o grupo vai determinar se uma investigação adicional é necessária, assim como possíveis penalizações.
Ao longo dos três dias de atividades da F1, 267 mil pessoas compareceram ao Autódromo de Interlagos para assistir às emoções do GP de São Paulo – novo recorde na história da etapa.
Em março, no GP da Austrália, a categoria viveu um incidente similar. Além da invasão com a prova em andamento, os torcedores no Albert Park também tiveram acesso ao carro de Nico Hulkenberg, que estava estacionado na curva 2. Segundo os comissários, o monoposto da Haas ainda estava com a luz vermelha piscando – o que aponta condições inseguras, com possível descarga elétrica.
Presos
A Polícia Civil prendeu dez pessoas foragidas da Justiça desde o início do Grande Prêmio de São Paulo de Fórmula 1.
Todos os detidos pela Divisão Especial de Atendimento ao Turista eram alvo de ordem judicial de prisão por condenação ou decisão cautelar por cometerem crimes de diversos tipos, como roubo e estupro de vulnerável.
As prisões aconteceram a partir da aplicação do programa Muralha Paulista, que identificou a presença dos procurados entre o público, por meio do compartilhamento de dados entre a Secretaria da Segurança Pública (SSP) e a organização do evento.
“O programa funciona a partir da integração do sistema de segurança pública ao banco de dados da organização do evento, onde algoritmos desenvolvidos por meio de inteligência artificial analisam em tempo real as informações cadastrais do público comparecente e gera alertas para o efetivo policial empregado no evento, de acordo com o tipo de restrição constatada”, diz nota.