Sábado, 23 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 19 de fevereiro de 2024
O heptacampeão mundial de Fórmula 1 Lewis Hamilton corre o risco de “rebaixar” o seu salário ao trocar a Mercedes pela Ferrari a partir de 2025. O ganho fixo do britânico na equipe italiana será menor do que o valor que ele recebe correndo para os alemães. O anúncio do acordo entre o piloto e o time ferrarista foi feito no início do mês e surpreendeu a Fórmula 1.
O contrato de Hamilton com a Mercedes, renovado no ano passado, prevê ao piloto salário anual de € 50 milhões ou cerca de US$ 54 milhões (R$ 268,3 milhões na cotação atual), segundo a agência France Presse. De acordo com o jornal italiano Corriere della Sera, o inglês receberá na Ferrari € 40 milhões ou US$ 43,1 milhões (R$ 214,2) milhões). Porém, esse valor que pode aumentar com bônus por desempenho. Isso dependerá também de a equipe dar a ele um equipamento em condições de vencer corridas e campeonatos, algo que a Ferrari não tem conseguido nos últimos anos.
Apesar do salário menor em comparação ao que recebe atualmente na equipe em que está desde 2013, Hamilton calculou bem o passo. Ele teria firmado um contrato com duração de duas temporadas, com opção de renovação para uma terceira, o que lhe possibilitaria maior longevidade nas pistas – ele está com 39 anos.
O inglês disse que a decisão de trocar de escuderia foi “difícil”, mas afirmou ser o momento certo para um “novo desafio”. “Serei eternamente grato pelo incrível apoio da minha família Mercedes, especialmente o Toto (Wolff, chefe da equipe), por sua amizade e liderança, e quero terminar juntos e em alta. Estou 100% comprometido em entregar o melhor desempenho possível nesta temporada e fazer do meu último ano com os Silver Arrows (flechas prateadas) um ano inesquecível.”
Vice
Hamilton é atualmente o segundo piloto mais bem pago da F-1. Segundo lista divulgada pela revista Forbes em setembro do ano passado, o topo do ranking é de Max Verstappen, tricampeão mundial pela Red Bull. Com contrato até 2028, o holandês recebe um salário anual de US$ 55 milhões (R$ 273,3 milhões na cotação atual). O valor é cinco vezes maior do que Sergio Pérez, seu companheiro de equipe e atual vice-campeão do Mundial de Pilotos, recebe. O mexicano embolsa US$ 10 milhões (R$ 49,7 milhões) anuais.
O pódio dos salários mais altos da categoria é fechado pelo monegasco Charles Leclerc, que será companheiro de Hamilton na Ferrari, onde atualmente tem o status de primeiro piloto. Ele ganha US$ 24 milhões (R$ 119,3 milhões) da escuderia italiana.
Segundo a revista, os salários dos pilotos em 2023 tiveram aumento de 25% em comparação com a temporada anterior. Lando Norris, da McLaren, que recebia US$ 11 milhões (R$ 54,6 milhões) em 2022, passou a ganhar US$ 20 milhões (R$ 99,4 milhões), o que lhe alçou à condição de quarto mais bem pago da F-1.
Mas também teve piloto que viu o dinheiro que entra em sua conta bancária encolher. É o caso do bicampeão mundial Fernando Alonso, que teve a maior redução nos vencimentos entre todos. O espanhol recebia US$ 30 milhões (R$ 149,1 milhões) quando era piloto da Alpine e agora ganha US$ 5 milhões (R$ 24,8 milhões) na Aston Martin.
Três dos 20 pilotos do grid têm os salários mais baixos da categoria, de US$ 1 milhão (R$ 4,97 milhões): Yuki Tsunoda e Daniel Ricciardo, ambos da AlphaTauri, e Logan Sargeant, da Williams.