Por Redação O Sul | 12 de março de 2025
O Auditório Central do parque da Expodireto Cotrijal ficou lotado para o 20º Fórum Estadual do Leite
Foto: Expodireto Cotrijal/DivulgaçãoA 20ª edição do Fórum Estadual do Leite, na deste ano do fórum teve como foco a pegada de carbono na cadeia leiteira. Diretamente de Copenhague, capital da Dinarmarca, o doutor Gustavo Ribeiro abriu o ciclo de palestras falando sobre sustentabilidade e reiterou a importância da integração da agricultura e da pecuária, que se unem na 25ª Expodireto Cotrijal, com o objetivo de produzir alimentos de qualidade. “Hoje nós falamos sobre sustentabilidade, e focamos muito em questões relacionadas à pegada de carbono. Mostramos dados pioneiros aqui no Rio Grande do Sul, mostrando que se produz muito mais do que leite, e que é possível produzir leite com baixo impacto ambiental”.
O Rio Grande do Sul produz mais de 4 bilhões de litros de leite ao ano, o que representa quase 12% do consumo nacional. A Região Sul como um todo é a maior produtora do país, responsável por cerca de 34% do mercado lácteo nacional. O leite é o 5º alimento mais comprado, presente nos lares de 90% dos brasileiros. Uma visão geral sobre o mercado de carbono na Europa e as demandas de uma cadeia de produção alimentícia mais sustentável foram abordadas na segunda palestra do evento, ministrada pela Gerente de Marketing da Cargill da União Europeia, Maria Reis. “Na Europa, existe uma demanda muito grande por sustentabilidade. Os laticínios e os produtores estão liderando isso. Eles estão colocando essa pressão no mercado”, destacou Maria.
Um panorama nacional e projeções de mercado para 2025 foram abordados na terceira e última palestra do dia, assim como a questão dos sólidos no leite brasileiro. A palestra foi ministrada pelo diretor técnico do MilkPoint, Valter Galan. “60% do leite brasileiro vai para produtos que precisam de sólidos. 40% leite e 20% leite em pó, e se olharmos a média brasileira, o teor de sólidos no leite não evolui, ele não cresce. Sólidos são basicamente proteína e gordura, e precisamos desenvolver programas de incremento de sólidos, o que é importante pra competitividade interna e externa do leite”.
