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Expodireto Cotrijal Fórum na Expodireto debate desafios e inovações na produção leiteira

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A 19ª edição do Fórum Estadual do Leite reuniu produtores e especialistas do setor.

Foto: Divulgação
A 19ª edição do Fórum Estadual do Leite reuniu produtores e especialistas do setor. (Foto: Divulgação)

A 19ª edição do Fórum Estadual do Leite, realizada nesta quarta-feira (6), na Expodireto Cotrijal 2024, reuniu produtores e especialistas do setor para discutir os desafios, inovações e oportunidades da cadeia produtiva do leite.

Nos últimos anos, os produtores vêm enfrentando dificuldades significativas relacionadas a variações nos preços do leite, custos de produção crescentes e condições climáticas adversas. “Temos que transformar este cenário em oportunidades e trocar a palavra dificuldade para desafio”, destacou o presidente da CCGL, Caio Vianna.

Uma das ferramentas que está à disposição dos produtores e que foi apresentada durante o fórum foi a SmartCoop, plataforma desenvolvida por 28 cooperativas gaúchas, lideradas pela FecoAgro/RS.

O produtor rural Breno Ceconello, da Cotrijal, relatou a sua experiência com a utilização da plataforma na propriedade da família, no município de Sertão. “É uma plataforma nova, gratuita, que oferece ao produtor ferramentas avançadas que auxiliam no manejo e gestão e que impactou de forma muito positiva o trabalho na nossa propriedade”, destacou. Para ele, o sucesso na gestão de uma propriedade passa pela busca constante de informações, aliando o conhecimento técnico com as novas tecnologias.

João Henrique Cardoso Costa, engenheiro agrônomo e professor da Universidade de Vermont, falou sobre a utilização de tecnologias para o manejo nas propriedades, com foco na criação de bezerras e na nutrição de precisão. “Existem muitas tecnologias hoje no campo que precisam ser conhecidas e, principalmente, utilizadas da maneira correta para aumentar a eficiência nas propriedades.”

Costa salientou a importância da adoção de sistemas de monitoramento e automação para otimizar o manejo dos animais, a nutrição e a saúde do rebanho, a partir da utilização de dispositivos como coleiras inteligentes e sensores de temperatura e umidade.

Para ele, produtores que investem em inovação e se mantêm atualizados com as últimas tendências tecnológicas estão posicionados para se destacar no mercado e garantir o sucesso de suas operações a longo prazo, melhorando não somente a eficiência produtiva, como também contribuindo para a sustentabilidade e o bem-estar animal.

Nutrição e ordenha robótica

A otimização da nutrição na ordenha robótica foi o tema apresentado por Alexandre M. Pedroso, especialista em bem-estar e nutrição de gado leiteiro da Plenteous Consultoria. De acordo com Pedroso, a introdução dos robôs foi um dos avanços mais significativos para o setor leiteiro.

Na Europa, eles surgiram há cerca de 30 anos e, no Brasil, a utilização vem se consolidando há mais ou menos cinco anos. “Os robôs devem ser considerados não apenas uma alternativa ao sistema de ordenha convencional, mas também uma nova abordagem para manejar a saúde e a eficiência produtiva de rebanhos leiteiros”, afirmou.

Em relação à ordenha voluntária, Pedroso ressaltou que o manejo da alimentação tem que auxiliar na motivação das vacas em procurarem os robôs, com estratégias diferentes para cada sistema de fluxo, seja guiado ou livre. “É preciso oferecer ração de altíssima palatabilidade, que permita boa velocidade de ingestão, maximizando as visitas aos robôs.”

Decisões assertivas na seleção genética

Encerrando o ciclo de palestras do fórum, o coordenador técnico da Alta Genetics do Brasil e ex-superintendente técnico da ABCBRH (Associação Brasileira de Criadores de Bovinos de Raça Holandesa), Timotheo Silveira, falou sobre necessidade de os produtores conhecerem as características genéticas de seus animais e utilizarem ferramentas modernas de avaliação genética para tomar decisões mais assertivas na seleção e no melhoramento do rebanho.

“A identificação de animais superiores geneticamente pode resultar em uma produção mais eficiente, com animais mais saudáveis, adaptados ao ambiente e com maior potencial de produção”, orientou.

Os dados apresentados foram baseados em um projeto-piloto realizado no ano passado com seis produtores da Cotrijal, envolvendo 169 animais. “Nosso projeto teve como objetivo fazer a avaliação genética daqueles rebanhos, direcionado para que tenham vacas mais produtivas, rentáveis, que sejam mais longevas. Ou seja, é preciso ter vacas que produzam mais leite, consumindo menos, tendo menor impacto ambiental. Esse é o futuro da cadeia leiteira.”

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