A Seleção Brasileira empatou com a Jamaica em 0 a 0, na manhã dessa quarta-feira (2), em Melbourne (Austrália), e se despediu da Copa do Mundo Feminina 2023 ainda na fase de grupos. Embora a equipe não fosse uma das favoritas, a eliminação do Mundial repercutiu na imprensa internacional, principalmente na Espanha, França e Inglaterra.
O jornal As, da Espanha, chamou a eliminação do Brasil de “fracasso histórico”. Além disso, o portal relembrou que esta foi a pior campanha da seleção brasileira desde 1995, quando também foi eliminada na fase de grupos.
No jornal inglês The Sun, a eliminação foi boa para a seleção inglesa, já que não terá mais o Brasil no seu caminho até chegar a decisão. A Seleção Brasileira poderia enfrentar a Inglaterra nas quartas de final da Copa do Mundo, caso as duas vencessem seus confrontos das oitavas.
Na França, uma das concorrentes do Brasil no Grupo F, o jornal L’Équipe também repercutiu a eliminação e afirmou que o time brasileiro deu tudo contra as jamaicanas, mas não foi o suficiente para se classificar.
O jornal Olé, da Argentina, foi outro que repercutiu a eliminação da seleção brasileira. O portal destacou que o Brasil era um dos candidatos a ficar com o título, mas se despediu da competição após o empate em 0 a 0 com a Jamaica.
Técnica decepcionada
A técnica Pia Sundhage não escondeu a decepção pela despedida precoce do Brasil na Copa do Mundo da Austrália e Nova Zelândia. “É muito triste. A gente tinha muitas expectativas. Começamos bem a Copa (com a goleada por 4 a 0 sobre Panamá), mas aqui estamos”, disse a treinadora.
Pia Sundhage elogiou a atuação das jamaicanas, que montaram uma retranca forte e seguraram o empate. “Elas jogaram bem e a gente não conseguiu mudar essa situação.”
Indagada sobre a demora de mexer no time no segundo tempo, Pia admitiu que poderia ter tomado outras decisões. “Essa é sempre uma pergunta que a gente se faz, quando a gente vê que não funcionou. Algumas das situações ali no segundo tempo poderiam ter sido melhores. Quando vemos o resultado, percebemos que foi um pouco tarde.”
Para a treinadora, a Seleção ficou nervosa com o passar do tempo e passou a errar mais quando o jogo se encaminhava para o empate sem gols.
Ela não quis considerar a campanha da Seleção como um fracasso e assumiu parte da responsabilidade pela eliminação. “No final, o resultado é minha responsabilidade, mas não apenas minha. Tem a ver com a forma como trabalhamos. Eu tenho que pensar se algo poderia ter sido feito diferente. Nós fizemos uma boa preparação, bons jogos e bons treinamentos. Há uma distância enorme entre o fracasso e o sucesso.”
Sobre o que poderia se esperar do futuro do futebol feminino no Brasil, Pia desconversou e comentou que o mais importante no momento era ter os pés no chão para uma análise fria do que foi a participação do Brasil no Mundial. “Temos que encarar os resultados.” As informações são do jornal O Globo.