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França aplicará quarta dose da vacina contra covid em maiores de 80 anos

Ampliação foi anunciada pelo primeiro-ministro francês Jean Castex. (Foto: Reprodução/Twitter/@JeanCASTEX)

A França passará a oferecer uma quarta dose da vacina contra a covid-19 para idosos com mais de 80 anos que receberam a primeira dose de reforço há pelo menos três meses. O anúncio foi feito pelo primeiro-ministro francês Jean Castex em entrevista ao jornal Le Parisien, publicada neste sábado (12).

Castex já havia dito, em janeiro, que o país estava preparado para o lançamento de uma campanha para a quarta dose — também chamada de segunda dose de reforço — da vacina contra a doença. Segundo o primeiro-ministro, eles esperavam apenas um sinal verde por parte das autoridades de saúde.

Na entrevista ao Le Parisien, Castex também disse que um aumento no número de casos do novo coronavírus na França não mudaria os planos do governo de aliviar restrições impostas para conter a pandemia a partir da próxima segunda-feira, como o fim da exigência do comprovante de vacinação em diversos lugares. De acordo com o primeiro-ministro, a pressão sobre as unidades hospitalares do país continua a diminuir.

No Brasil, a segunda dose de reforço é autorizada apenas para pessoas imunossuprimidas, no intervalo de quatro meses após a última aplicação. O grupo inclui pessoas com HIV, Aids, em quimioterapia, transplantadas, entre outros.

A Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização da Covid-19 (CTAI Covid-19), do Ministério da Saúde, avaliou a ampliação da quarta dose também para outros grupos, mas anunciou, em fevereiro, que são necessárias ainda mais evidências acerca da efetividade de uma segunda dose de reforço para a decisão.

“O Ministério da Saúde, com base nos dados existentes neste momento, não recomenda a quarta dose de vacinas ou segunda dose de reforço contra a covid-19 para população geral, incluindo indivíduos a partir de 60 anos de idade, com exceção dos imunocomprometidos”, disse nota informativa da pasta.

Também em fevereiro, a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) defendeu que é mais importante neste momento ampliar o número de pessoas com a primeira dose de reforço, aplicada quatro meses após a segunda.

Covid no mundo

Nos dois primeiros anos de espalhamento da covid, a pandemia matou cerca de 18,2 milhões de pessoas no mundo, mais que o triplo da soma das cifras oficiais notificadas pelos governos. O número consta de um estudo publicado por uma colaboração internacional de 97 cientistas de 20 instituições diferentes, o retrato mais completo do impacto do coronavírus na saúde mundial feito até agora.

A estimativa foi feita com base em dados de 191 sobre “óbitos excedentes”, ou seja, a quantidade de mortes que ocorreu em 2020 e 2021, comparada com a quantidade de mortes que era esperada. Para criar um parâmetro de comparação, os cientistas estabeleceram como linha de base os dados de mortalidade dos 11 anos anteriores à pandemia, descontando eventos de grande mortalidade como guerras e situações similares.

O estudo estima que, para cada 100 mil habitantes, a Rússia registrou 375 mortes a mais que o esperado. No México o número foi de 325, enquanto no Brasil e nos EUA os números foram de 187 e 179.

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