Sábado, 26 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 8 de julho de 2020
O objetivo é proteger a abalada economia e evitar o agravamento da situação
Foto: ReproduçãoO novo primeiro-ministro da França, Jean Castex, descartou nesta quarta-feira (08) a possibilidade de um retorno do confinamento total do país em caso de novo surto do coronavírus, com o objetivo de proteger a abalada economia e evitar o agravamento da situação.
“Meu objetivo é preparar a França para uma eventual segunda onda, preservando ao mesmo tempo nossa vida cotidiana, nossa vida econômica e social”, disse Castex.
“Mas não vamos impor um confinamento como o de março, porque aprendemos que as consequências econômicas e humanas de um confinamento total são desastrosas”, completou. Ele explicou que no caso de um novo surto do vírus, que deixou quase 30.000 mortos na França desde março, o governo privilegiará os confinamentos “localizados”.
Castex, que comandou a delicada fase de flexibilização do confinamento antes de assumir o cargo de primeiro-ministro na sexta-feira passada, viajará no domingo à Guiana Francesa, um território francês na América do Sul, onde a Covid-19 segue em propagação acelerada.
As autoridades anunciaram 124 novos casos na terça-feira (07) no território, que tem fronteira com o Brasil, o que elevou o total a mais de 5.000. Para enfrentar a situação, Paris enviou equipes médicas para reforçar o serviço local.
Como consequência do impacto da pandemia do novo coronavírus, o PIB francês registrará este ano um retrocesso recorde de entre 8% e 10%, de acordo com diferentes estimativas.