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Política Fraude contra segurados do INSS: postura do ministro da Previdência causa desconforto dentro do governo

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A postura de Carlos Lupi diante do escândalo das fraudes no INSS incomodou parte de seus colegas de Esplanada. (Foto: Reprodução)

A postura do ministro da Previdência, Carlos Lupi, diante do escândalo das fraudes no INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) incomodou parte de seus colegas de Esplanada. Auxiliares de Lula afirmam que o político do PDT não tomou medidas na pasta para evitar a crise e ainda tentou diminuir o tamanho do problema quando a operação foi deflagrada.

Batizada de “Sem desconto”, ela investiga entidades que cobraram R$ 6,3 bilhões de aposentados e pensionistas entre 2019 e 2024. Foram cumpridos 211 mandados judiciais de busca e apreensão, ordens de sequestro de bens no valor de mais de R$ 1 bilhão e seis mandados de prisão temporária

Internamente, Lupi ficou isolado nos debates e sua insistência em rebater os achados da apuração, que aponta para um esquema bilionário de descontos indevidos de aposentadorias, causou grande desconforto.

Em discussões dentro do governo na manhã de quinta-feira, ele chegou a dizer que estavam tentando fazer uma “carnificina” e que não era necessário demitir o presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, afastado pela justiça do cargo. Lupi acabou sendo obrigado a exonerá-lo horas depois após ordem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Com a Polícia Federal nas ruas na manhã de quinta-feira, o ministro da Previdência foi convocado para uma reunião logo cedo no Ministério da Justiça. Encontrou-se lá com o diretor–geral da PF, Andrei Rodrigues, e com outros três ministros: Ricardo Lewandowski (Justiça), Sidônio Palmeira (Secretaria de Comunicação) e Vinicius Carvalho (Controladoria-Geral da União).

Lupi adotou postura defensiva, o que foi irritando alguns colegas. A conversa escalou para uma discussão acalorada, com colegas do ministro argumentando haver problemas graves na gestão do INSS e do próprio ministério, o que abriu caminho para a crise.

A apuração encontrou, por exemplo, um número grande de convênios firmados com instituições que descontavam valores dos aposentados durante o governo Lula. Isso ocorreu mesmo após alertas dos próprios órgãos de controle.

A contrariedade dos colegas de Lupi aumentou quando, mesmo após a conversa de alinhamento, o ministro decidiu falar aos jornalistas em entrevista coletiva que só tomaria medidas contra Stefanutto com o fim das investigações.

Um integrante do governo classificou a fala de Lupi como “incompressível” e “suicida”. Isso porque, diante dos indícios reunidos até agora, a aposta é que a operação ainda terá muitas fases e novos implicados devem surgir. Vincular-se na defesa ferrenha da cúpula do INSS não parece ser boa estratégia, argumentou uma fonte a par do caso.

De acordo com auxiliares presidenciais, não há indícios até o momento de qualquer envolvimento de Lupi no esquema de descontos indevidos das aposentadorias. Tanto que não houve alerta a Lula para que afastasse o ministro ou o tirasse da apresentação sobre os detalhes do caso. Ainda assim, ministros dizem que a situação pode ficar delicada conforme os pormenores da investigação vieram à tona. As informações são do jornal O Globo.

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