Policiais do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), da Polícia Civil de São Paulo, fecharam na sexta-feira (4), uma falsa central bancária especializada em golpes contra idosos. Conforme a investigação, foram cumpridos nove mandados de busca e apreensão na capital paulista e em Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo. Dois homens e uma mulher são investigados pelo crime.
“Durante o cumprimento das ordens judiciais, três pessoas foram identificadas e são investigadas pela 2ª Delegacia de Investigações sobre Estelionatos e Crimes Contra a Fé Pública da Divisão de Investigações Gerais (DIG)”, disse o governo estadual. Ainda de acordo com a polícia, o material apreendido durante as buscas será analisado pelos investigadores.
Segundo o governo de São Paulo, investigações tiveram início após denúncia de uma vítima que perdeu R$ 56 mil. A quadrilha, de acordo com os investigadores, usava a central clandestina para entrar em contato com os clientes dos bancos alertando sobre a identificação de uma fraude na conta.
“Os golpistas orientavam os idosos a buscarem ajuda no banco, porém, alertavam sobre um suposto envolvimento de funcionários da agência. Eles convenciam as vítimas a resolver o ‘problema’ no caixa eletrônico, efetuando a transferência do saldo para outra conta, que estava em nome dos golpistas a fim de se proteger de possíveis fraudes”, explica a polícia. O caso está sendo registrado como estelionato qualificado e organização criminosa na 2ª DIG.
Idosos
Em julho deste ano, o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania publicou uma cartilha listando quais são os golpes mais recorrentes contra a terceira idade. Entre eles está a falsa central de atendimento.
Para combater essa realidade, a pasta afirma que tem se esforçado cada vez mais para melhorar o atendimento pelo Disque 100, serviço nacional criado em 2019 para receber denúncias de violações de direitos humanos. Além de receber as denúncias, o serviço também orienta sobre os direitos e serviços de atendimento.
Golpes mais comuns
Confira abaixo os golpes mais comuns contra idosos:
• Bilhete premiado: criminoso alega ter bilhete de loteria premiado e pede dinheiro para liberá-lo;
• Boleto falso: boletos falsos são enviados baseados nos interesses da vítima;
• Cartão retido: armadilha em caixas eletrônicos para capturar cartões e dados;
• Consignado: ofertas enganosas de empréstimos e cartões por telefone;
• Falso namorado: golpista finge relacionamento amoroso online para pedir dinheiro;
• Falso sequestro: chamadas simulando sequestro de familiar para extorquir dinheiro;
• Falsa central de atendimento: golpistas fingem ser de instituições financeiras para coletar dados;
• Maquininha: maquininhas de cartão são usadas para cobrar valores indevidos sem que a vítima perceba;
• Motoboy: golpistas fingem necessidade de cancelar cartão clonado e enviam falsos motoboys para coletar cartões;
• Parente com carro quebrado: criminoso pede dinheiro fingindo ser parente em apuros;
• Processo judicial: é feito por meio da falsa notificação de ganho judicial para solicitar pagamento de taxas;
• Saidinha de banco: golpistas oferecem ajuda em caixas eletrônicos para roubar dados das vítimas;
• Site falso: são criados sites de vendas falsos para enganar os consumidores;
• Troca de cartão: é feito geralmente em saída de agências bancárias, quando golpistas abordam vítimas para trocar cartões;
• WhatsApp clonado: golpistas pedem dados sob pretexto de atualização de cadastro para clonar WhatsApp.