O ingresso de uma frente fria causará um novo período de instabilidade climática no Rio Grande do Sul a partir deste domingo (4), com altos volumes em algumas áreas do mapa ao longo dos próximos dias, ao passo que outras devem precipitações menos intensas. Conforme a empresa MetSul Meteorologia, porém, não há risco de repetição dos níveis extremos de maio.
Dentre as áreas gaúchas com maior risco de temporais está a Metade Sul, bem como Oeste e Sul do Estado, com volumes entre 100 e 200 milímetros (de acordo com a região), ou seja: acima da média de agosto inteiro em apenas poucos dias. Uma boa notícia é que, no geral, não deve chover o tempo todo e estão previstos inclusive momentos de melhoria.
A tendência é de manutenção desse cenário na segunda-feira, já com baixos volumes na maioria das cidades. Para terça e quarta-feira, entretanto, a projeção é de novo aumento da instabilidade em regiões como a Fronteira-Oeste (adjacente ao Uruguai), além do Centro e Sul. Na quarta, choverá em grande parte do Estado, com os maiores volumes no Oeste e no Sul.
Quinta-feira, uma massa de ar frio com forte intensidade deve iniciar um deslocamento rápido em direção ao Norte, avançando sobre Santa Catarina, Paraná e partes do Mato Grosso do Sul e São Paulo. Mas ainda haverá chance de chuva em partes do Rio Grande do Sul, mesmo que em baixos volumes.
Sem comparação com a tragédia
Em seu site metsul.com, a empresa enfatiza que estes episódios de chuva não permite comparação com a gravidade do que ocorreu entre ao longo de maio, quando precipitações em excesso e prolongadas causaram a maior tragédia já ocorrida no Estado. Faz, porém, uma ressalva:
“Apesar de não ser uma situação grave como a de três meses atrás, a chuva pode causar transtornos em algumas cidades, incluindo alagamentos e subida de arroios e córregos, com dificuldade de locomoção em estradas rurais. A subida dos nível de rios no Sul gaúcho não pode ser afastada”.
Orientações
Com base em dados da Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema), órgãos como a Defesa Civil de Porto Alegre acompanham as atualizações meteorológicas e mantêm equipes de prontidão para prestar assistência à população.
Moradores de áreas com histórico de incidentes climáticos devem observar alterações em níveis de água e no comportamento de encostas, por exemplo. Em situações de necessidade, é fundamental buscar auxílio ou mesmo abrigo temporário em outros locais, incluindo casas de conhecidos ou estruturas disponibilizadas pelo poder público.
Também é importante não transitar regiões sujeitas a alagamentos, inundações e deslizamentos. Outra orientação que pode salvar vidas é se manter afastado de postes, árvores e placas de sinalização ou publicitárias. Em caso de dúvida ou emergência, o telefone da Defesa Civil é 199, ao passo que o Corpo de Bombeiros atende pelo 193.
(Marcello Campos)