A frota brasileira de veículos vem ficando mais velha há seis anos consecutivos. Com o tombo nas vendas de modelos novos previsto para este ano – de cerca de 40%, segundo estimativa dos fabricantes –, a idade média dos automóveis em circulação no País deve superar dez anos.
Atualmente, essa média é de nove anos e dez meses, um ano e quatro meses a mais do que em 2012, quando o mercado registrou venda recorde de 3,8 milhões de veículos novos. A idade média dos caminhões é ainda maior, de 11 anos e sete meses, segundo o mais recente estudo do Sindipeças (Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores), com base em dados de 2019.
Atualizado anualmente desde a década de 1960, o relatório mostra que, entre os pouco mais de 2 milhões de caminhões em atividade, 45% têm entre 11 e 20 anos e 13% têm mais de duas décadas. Entre os 37,9 milhões de automóveis, 18% têm até três anos (considerados seminovos), taxa que era de 25% em 2014.
O setor ainda não conseguiu repor a queda das vendas de carros novos registrada de 2013 a 2016, de quase 50%, mesmo com a melhora apresentada nos últimos três anos.