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Fugitivos de presídio federal invadiram casa, jantaram, pediram para acessar redes sociais e roubaram celulares

Mais de 300 agentes de segurança das forças estaduais e federais atuam nas buscas pelos bandidos. (Foto: Divulgação)

Os fugitivos da Penitenciária Federal de Mossoró (RN) invadiram uma casa na zona rural da cidade na noite de sexta-feira (16), fizeram uma família refém e roubaram dois celulares. A residência fica a cerca de três quilômetros da cadeia, na comunidade de Riacho Grande.

A fuga, ocorrida na última quarta-feira (14), é a primeira registrada na história do sistema penitenciário federal desde a sua criação, em 2006.

De acordo com um dos moradores da casa invadida, os dois criminosos chegaram no local por volta das 20h, simulando estarem armados. Um cachorro começou a latir, e o homem, de 50 anos, foi ver o que era. Nesse momento, ele foi rendido pelos fugitivos.

Os bandidos entraram na casa, jantaram, pediram para acessar as redes sociais e ficaram no local até o início da madrugada deste sábado (17). Logo na chegada, os criminosos se identificaram dizendo que eram os fugitivos da penitenciária federal. Eles foram embora levando dois celulares, ovos, água e laranja.

Os fugitivos perguntavam a todo momento a localização e demonstravam desconhecimento do lugar onde estavam. Eles também perguntaram como se chegava ao Ceará e estavam bastante sujos.

O dono da casa acionou a polícia algum tempo depois que os bandidos saíram do local. Mais de 300 agentes de segurança das forças estaduais e federais atuam nas buscas pelos criminosos. Os trabalhos se concentram em um perímetro de 15 quilômetros em torno do presídio.

Na sexta-feira (16), os nomes e fotos de Rogério Mendonça e Deibson Nascimento passaram a constar na lista vermelha da Interpol (a polícia internacional).

Os dois são do Acre e estavam na Penitenciária de Mossoró desde 27 de setembro de 2023. Eles foram transferidos após participarem de uma rebelião no presídio de segurança máxima Antônio Amaro, em Rio Branco (AC), que resultou na morte de cinco detentos – três deles decapitados.

Os dois homens são ligados ao Comando Vermelho, facção de Fernandinho Beira-Mar, que também está preso na unidade federal de Mossoró.

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