Segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 30 de outubro de 2022
O governo gaúcho confirmou para esta segunda-feira (31) o pagamento dos salários de outubro e também metade do décimo terceiro do funcionalismo estadual. Já o restante do benefício será depositado no dia 30 de novembro, contemplando cerca de 333 mil contracheques de servidores da ativa, aposentados e pensionistas.
De acordo com o titular da Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz), Leonardo Busatto”, a quitação é resultado da reestruturação de finanças, garantindo o pagamento de todas as despesas do Executivo até o fim do ano”.
O comunicado do Palácio Piratini acrescenta que o planejamento do fluxo de caixa ao longo dos últimos meses permitiu a reserva de recursos para tal finalidade, evitando novos passivos com indenizações por atrasos e parcelamentos: “Com essa regularização, nos dois últimos dois anos o governo economizou R$ 300 milhões com indenizações do décimo-terceiro”.
O montante também beneficia outros segmentos, ainda que indiretamente: de acordo com a Sefaz, a previsão é de que os pagamento de salário e décimo-terceiro injetem aproximadamente R$ 1,5 bilhão na economia gaúcha. Vale lembrar que boa parte dos contemplados costuma utilizar o dinheiro em compras de fim de ano ou mesmo para quitar dívidas.
A antecipação da chamada “gratificação natalina” havia sido anunciada pelo governador Ranolfo Vieira Júnior no dia 17 de outubro, 20 dias após o pagamento da folha de setembro do funcionalismo. Com isso, os valores caem nas contas 20 dias antes do prazo legal e, pelo segundo ano consecutivo, sem atraso.
Naquela ocasião, Ranolfo refutou questionamentos de que a medida teria motivações eleitorais, já que o ex-governador Eduardo Leite (que renunciou ao cargo no final de março) concorria a novo mandato – ele saiu vitorioso nas urnas neste domingo (30), em segundo turno.
“Até se poderia imaginar algo nesse sentido, entretanto o nosso histórico de contas demonstra o contrário”, frisou o governador. “No ano passado não tivemos eleições e, mesmo assim, colocamos salários em dia e adiantamos o décimo-terceiro. Então, se temos condições plenas de fazer isso novamente, prefiro que assim seja, já que há dinheiro em caixa.”
Ele prosseguiu: “Somente quem vivenciou os prejuízos causados pelas dificuldades históricas do Estado compreende o valor desse momento tão importante para a vida pública gaúcha e para a normalidade financeira de um Estado, sem gastos adicionais ao Tesouro”.
(Marcello Campos)
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