Sábado, 16 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 1 de fevereiro de 2023
Um funcionário de 39 anos, do Banco do Brasil da Rua Treze de Maio, no Centro de Teresina (PI), que não teve seu nome informado, foi preso na terça-feira (31) ao tentar fugir do Piauí após furtar R$ 1,2 milhão da agência onde trabalhava.
Segundo o delegado Charles Pessoa, do Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco), o banco percebeu a ausência do dinheiro na manhã de terça e acionou a polícia. Inicialmente, acreditava-se que o funcionário, que não tinha ido trabalhar, pudesse ter sido vítima de sequestro.
“Logo começamos as investigações e essa possibilidade foi descartada. Soubemos que ele estava em deslocamento para o Ceará”, contou o delegado.
Após monitoramento, o homem foi localizado e preso. No veículo que ele conduzia, a polícia encontrou uma grande quantia em dinheiro e uma chave do cofre da agência, mas não a totalidade do valor furtado, que ele não soube informar a origem.
Conforme o delegado, a polícia também foi até a casa do funcionário e, na residência, encontrou mais uma parte do dinheiro.
Segundo Pessoa, os familiares do homem relataram que não sabiam o que estava acontecendo e acreditavam que ele estava no trabalho.
Crime de peculato
Ao ser preso, o homem declarou estar passando por problemas psicológicos. Contudo, segundo o delegado, ele deve responder pelo crime de peculato.
Previsto no código penal, o crime de peculato é caracterizado quando um agente público se apropria ou desvia algum bem, se valendo da função que ocupa, em benefício próprio ou de terceiro. A pena prevista é de prisão de 2 a 12 anos e multa.
Polícia aguarda relatório técnico
Conforme o delegado, a polícia ainda aguarda relatório técnico para saber exatamente como o furto aconteceu.
Sabe-se que ele teve acesso ao cofre do banco, mas não foi possível afirmar se ele roubou a quantia toda de uma única vez ou se fez vários furtos durante algum período de tempo.
O homem ocupava um alto cargo no banco, era um funcionário antigo e por vezes substituía o gerente da agência, conforme o delegado Charles Pessoa. Ele disse ainda que o suspeito substituiu a gerente dois dias antes de fugir.
Com ele, no Ceará, a polícia encontrou R$ 21 mil no carro em que ele tentava fugir. Na casa dele, foram apreendidos outros R$ 20 mil. O restante do dinheiro continua desaparecido.
Conforme o delegado, por ter um alto cargo no banco e ser funcionário há muitos anos, ele dispunha de confiança e, por vezes, chegava a substituir a gerente da agência. Assim, ele tinha acesso ao cofre, o que permitiu acesso aos valores. A chave do cofre foi encontrada com ele pela polícia. As informações são do portal de notícias G1.