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Funeral da rainha Elizabeth II: saiba quem foi e quem não foi convidado

Lista dos não convidados evidencia os líderes atualmente mal vistos pelo governo britânico. (Foto: Reprodução)

Após o reinado de 70 anos de Elizabeth II, o Reino Unido voltará a realizar o funeral de um monarca supremo. O último foi em 1952, quando o rei George VI, pai da rainha, faleceu. O evento será um dos maiores do ano e contará com a presença de monarcas, chefes de Estado e de governo de quase todos os países. Quase, pois a lista dos não convidados evidenciam os líderes atualmente mal vistos pelo governo britânico.

Segundo a rede BBC, a figura mais poderosa que ficará de fora do funeral é o presidente da Rússia, Vladimir Putin. As relações entre os dois países, e consequentemente entre os seus líderes, se deteriorou principalmente a partir de 2014, quando a Rússia anexou a Crimeia, à época uma região autônoma da Ucrânia.

Piorou consideravelmente em 2018, depois que um ex-espião russo que vivia na Inglaterra com o aval do governo britânico, Sergei Skripal, foi envenenado junto com a sua filha na cidade de Salisbury. O ex-agente duplo, que havia trabalhado para o serviço de inteligência britânico na década de 1990, sobreviveu, mas o governo britânico chegou a apontar participação direta do Kremlin no caso. E o estopim para o corte nas relações diplomáticas foi a invasão da Ucrânia no início deste ano. Por isso, Putin é persona non grata no funeral da rainha.

Quem também não recebeu o convite foi Aleksandr Lukashenko, presidente de Belarus, conhecido como o último ditador da Europa e importante aliado de Putin. Bashar Al-Assad, presidente da Síria que se mantém no poder apesar da guerra civil do país desde 2012, não foi convidado.

Na lista dos que não foram convidados para o funeral da rainha também estão os líderes de Myanmar. O país é uma antiga colônia britânica na Ásia, mas as relações diplomáticas entre ambos estão sensíveis desde 2021, quando o Reino Unido lançou sanções contra o país devido a um golpe militar e a perseguição a civis.

O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, tampouco recebeu o convite, embora ele tenha enviado condolências pelo falecimento da rainha. A Coreia do Norte foi convidada a mandar apenas embaixadores. O mesmo caso se dá com Daniel Ortega, presidente da Nicarágua. Ele não poderá ir, mas o país será representado por embaixadores. Por fim, também não foi convidado nenhum membro do Talibã, grupo extremista que retomou o governo do Afeganistão após a saída das Forças Armadas do país.

Convidados

Os líderes dos países democráticos e aliados do Reino Unido foram todos convidados. Joe Biden (EUA), Emmanuel Macron (França), Frank-Walter Steinmeier (presidente e chefe de Estado da Alemanha), Justin Trudeau (Canadá) e Jacinda Ardern (Nova Zelândia), entre outros, receberam seus convites.

O presidente da China, Xi Jinping, recebeu o convite, mas não irá ao evento. Ele será representado pelo vice-presidente do país, Wang Qishan.

Outros líderes mais polêmicos para a opinião pública britânica como o turco Recep Tayiip Erdogan e o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, garantiram seus convites e presença.

Mas o monarca convidado mais polêmico é, sem dúvida, o príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed Bin Salman. Ele é acusado de ter autorizado o assassinato do jornalista Jamal Kashoggi dentro do consulado saudita na Turquia em 2018.

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