Quarta-feira, 30 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 3 de janeiro de 2023
O funeral do papa emérito Bento 16, marcado para a manhã desta quinta-feira (5), deve reunir diversas personalidades políticas. As únicas delegações oficiais previstas pelo cerimonial do Vaticano devem ser as de Alemanha e Itália, chefiadas pelos presidentes Frank-Walter Steinmeier e Sergio Mattarella, respectivamente, mas outros líderes participarão do rito fúnebre “a título pessoal”.
Entre eles estão os reis da Bélgica, Phillippe e Matilde; os presidentes da Polônia, Andrzej Duda, de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, e da Hungria, Katalin Novák; e o governador do estado alemão da Baviera, Markus Soder.
Um tribunal de Hong Kong autorizou nesta terça-feira (3) que o cardeal Joseph Zen, 90 anos, participe do funeral de Bento 16 no Vaticano. O religioso foi preso em maio do ano passado e precisou entregar o passaporte por supostamente ter violado a polêmica lei de segurança nacional da China.
A denúncia cita que a organização “612 Humanitarian Relief Fund”, criada para ajudar e apoiar os manifestantes pró-democracia presos durante os protestos em massa de 2019 a quitarem as despesas dos processos legais e médicas, foi registrada “corretamente”.
Ao lado de Zen, foram presos ainda a parlamentar opositora Margareth Ng, a cantora Denise Ho, o professor Hui Po-keung e os ex-deputados Cyd Ho e Sze Ching-wee.
Segundo a decisão judicial, o cardeal poderá ir para o Vaticano por cinco dias e o passaporte deve ser devolvido imediatamente para que o religioso possa viajar.
Moedas e medalhas
O caixão do papa emérito Bento 16, morto no último sábado (31) aos 95 anos, terá moedas e medalhas cunhadas durante seu pontificado, bem como os pálios que ele usava em suas vestes litúrgicas. O anúncio foi feito nesta terça-feira (3) pelo diretor da sala de imprensa da Santa Sé, Matteo Bruni, durante um briefing com jornalistas internacionais sobre o funeral e o sepultamento de Joseph Ratzinger.
O pálio é uma espécie de colarinho de lã branca utilizado por papas e arcebispos, representando a ovelha que o pastor carrega nos ombros.
Além disso, de acordo com Bruni, o caixão também terá um cilindro de metal contendo um texto que descreve o pontificado de Bento XVI, o chamado “rogito”.
O esquife terá revestimento triplo, sendo o primeiro de cipreste, o segundo de zinco e o terceiro de carvalho, e será sepultado na antiga tumba de São João Paulo II, cujo corpo foi levado para a parte de cima da Basílica de São Pedro após sua beatificação, em 2011.
Ainda segundo Bruni, mais de 600 jornalistas se credenciaram para cobrir o funeral, que será presidido pelo papa Francisco, o primeiro pontífice na história a celebrar o rito fúnebre de um antecessor.
A liturgia da cerimônia, de acordo com o porta-voz do Vaticano, será semelhante àquela para um pontífice morto no exercício do cargo, apenas com uma ou outra modificação. As informações são da agência de notícias Ansa.