Sábado, 08 de março de 2025
Por Redação O Sul | 4 de julho de 2024
A costa sul da Jamaica foi atingida com ventos perigosos de até 215 km/h e tempestades severas causadas pela passagem do furacão Beryl, deixando mais de 400 mil residências sem energia elétrica. Classificado como um furacão de categoria 4, ele já causou pelo menos sete mortes e danos significativos no sudeste do Caribe e na Venezuela. A previsão é que chegue na manhã desta sexta-feira (5) na Península de Yucatán, no México
A passagem de Beryl pela Jamaica provocou inundações repentinas e deslizamentos de terra, conforme alertado pelo Centro Nacional de Furacões (NHC) dos Estados Unidos. Várias estradas no interior do país foram afetadas por árvores caídas e postes de serviços públicos, enquanto algumas comunidades na seção norte ficaram sem eletricidade, de acordo com o Serviço de Informações do governo.
Especialistas destacam ser incomum uma tempestade tão poderosa surgir no início da temporada de furacões, que vai de junho a novembro. As águas do Atlântico Norte estão entre um e três graus Celsius mais quentes que o normal, um fator que contribui para a intensificação rápida de tempestades como Beryl. Este é o primeiro furacão a atingir a categoria 4 em junho e a categoria 5 em julho desde o início dos registros do NHC.
O responsável climático da ONU, Simon Stiell, afirmou que as mudanças climáticas estão elevando as catástrofes a níveis sem precedentes de destruição. A Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA) alertou que esta temporada pode ser extraordinária, com a possibilidade de quatro a sete furacões de categoria 3 ou superior.
Beryl já deixou um rastro de mortes: três em Granada, um em São Vicente e Granadinas, e três na Venezuela. Em Granada, o primeiro-ministro Dickon Mitchell relatou que a ilha de Carriacou ficou quase isolada, com casas, telecomunicações e instalações de combustível destruídas.
Rastro de destruição
Na última segunda-feira (1º), ventos de 148 quilômetros por hora atingiram as ilhas Granadinas e Carriacou, em Granada. De acordo com o New York Times, cerca de 98% dos edifícios nas ilhas, onde vivem cerca de 6 mil pessoas, foram danificados ou destruídos, incluindo a principal unidade de saúde de Carriacou, o Hospital Princess Royal, bem como seu aeroporto e marinas. Houve devastação nas colheitas, queda de árvores e destruição de postes de energia. As ilhas ficaram sem luz até a noite da última terça-feira (2).