Quarta-feira, 25 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 29 de setembro de 2024
Pelo menos 64 pessoas morreram e quase 3,5 milhões estavam sem energia após ventos fortes e chuvas torrenciais do furacão Helene causarem uma devastação sem precedentes em grandes áreas do sudeste dos Estados Unidos. Inundações históricas afetaram partes do sul dos Apalaches, enquanto equipes de resgate lutavam para alcançar comunidades isoladas e as autoridades começavam a avaliar a extensão dos danos.
Helene quebrou vários recordes após atingir a costa da Flórida na quinta-feira (26), destaca o New York Times. A tormenta avançou com força sobre a região de Big Bend, na Flórida, como um furacão de categoria 4, com ventos de cerca de 225 km/h. Alimentada por temperaturas oceânicas muito quentes, a tempestade foi a mais forte já registrada a atingir a região de Big Bend, uma área pantanosa e pouco populosa.
Terceiro furacão a atingir Big Bend em 13 meses, Helene quebrou recordes de marés ao longo da Costa do Golfo. Muitos dos quais foram estabelecidos pouco mais de um ano atrás, quando o furacão Idalia inundou a mesma área.
Após sua passagem pela Florida, Helene perdeu força e se tornou uma tempestade tropical. Mesmo assim, moveu-se rapidamente pela Geórgia, Carolinas do Norte e do Sul e Tennessee, onde arrancou árvores e telhados, arrastou carros e fez rios transbordarem, deixando comunidades inteiras isoladas enquanto deslizamentos de terra e enchentes ocorriam, informa o Guardian.
Além das mortes, a passagem de Helene pelo sudeste dos EUA causou bilhões de dólares em danos, com centros urbanos inteiros, rodovias e um grande número de casas e empresas destruídas. Jonathan Porter, meteorologista-chefe da AccuWeather, estimou que os danos da tempestade custarão entre US$ 95 bilhões e US$ 110 bilhões, o que pode fazer do furacão, um dos mais caros da história moderna do país.
Atributos
Dan Brown, especialista do National Hurricane Center, perto de Miami, disse que o Helene teve todos os atributos que o tornaram uma tempestade amplamente destrutiva. O furacão foi extenso, com cerca de 560 quilômetros de largura. Poderoso, com ventos que atingiram 225 km/h quando ele atingiu a costa na quinta-feira à noite, criando uma tempestade generalizada.
Ele trouxe chuvas pesadas. E acelerou de forma rápida, rumando para o norte a até 39 km/h no mar e 48 km/h em terra. O especialista comparou a escala geográfica da destruição de Helene aos furacões Agnes, de 1972, Hugo, de 1989, e Ivan, de 2004.