Por Redação O Sul | 30 de novembro de 2015
O presidente da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), João Rezende, disse que uma possível fusão das operadoras de telefonia Oi e TIM ainda está no campo da especulação. Ele afirmou que a agência reguladora não recebeu qualquer encaminhamento oficial que trate dessa questão. No entanto, questionado sobre uma possível tendência de consolidação do setor de telecomunicações, Rezende reconheceu que tem reservas sobre a redução da concorrência no setor.
“Evidentemente que tenho reservas sobre a consolidação”, afirmou o presidente da Anatel. Ele acrescentou que não poderia e nem deveria se aprofundar sobre o tema uma vez que se as negociações entre as empresas se consolidarem, a fusão terá que ser avaliada.
No final de outubro, a Oi anunciou que conseguiu do fundo russo de investimentos LetterOne prazo de sete meses para negociar uma injeção de capital de 4 bilhões de dólares na operadora se ela conseguir viabilizar uma fusão com a TIM, controlada pela Telecom Italia.
Rezende reforçou que a concorrência no setor tem sido benéfica para a economia e consumidores, porque resulta em redução de preços e menor pressão sobre a inflação no País. “Para nós, quanto mais concorrência, melhor, e quanto menos, pior, evidentemente”, disse Rezende. O presidente da Anatel afirmou que a tendência atual do mercado brasileiro de telefonia móvel é de redução no número de chips para uso pessoal, mas de uma forma positiva. Segundo ele, o consumidor que usava três chips de operadoras diferentes passará a obter os mesmos benefícios em um só chip.“O ideal é que cada cidadão tenha um telefone celular. Então, seriam 200 milhões de aparelhos vendidos”, comentou Rezende. (AE)
