Sábado, 23 de novembro de 2024
Por Cláudio Humberto | 9 de março de 2023
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
A federação partidária do União Brasil com PP já foi adiada duas vezes, e agora novamente prometida para a próxima semana. Quem é contra a junção dos partidos atribui as dificuldades aos “desentendimentos regionais”, como em Pernambuco, onde Dudu da Fonte (PP) e o presidente nacional do União, Luciano Bivar, disputam o controle do Estado. Mas o problema, além do direito de escolha de candidatos e dos dirigentes, é o rateio dos bilionários fundos partidário e eleitoral.
Conta de somar
O futuro megapartido contaria com 108 deputados federais, 15 senadores e 5 governadores, caso todos permaneçam filiados.
Ao que interessa
O partidão “UB-PP” estaria apto a receber por volta de 22% dos fundões; cerca de R$ 1,35 bilhão num ano eleitoral como 2022, por exemplo.
Saia justa
Há casos pontuais, como o do senador Sergio Moro (PR), que se tornaria correligionário de diversos alvos da Lava Jato, filiados ao PP.
Porta de saída
O PP chegou a ser o partido com o maior número de citados em delações na Lava Jato, mas apenas um foi condenado: Pedro Corrêa.
Marinho parece não distinguir faturamento de lucro
O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, não perde a chance de reiterar suas concepções atrasadas. Agora fala em aumentar impostos sobre o faturamento das empresas em troca da desoneração da folha de pagamento daquelas que mais geram empregos. Atrasado, ele não diferencia faturamento de lucro. O ministro nem sequer desconfia que as empresas de varejo, por exemplo, estão entre as que mais faturam, empregam muito, mas, com margens reduzidas, sucumbem. Fecham.
Pregação do ódio
A pelegada que voltou ao poder ama empregos, pelo faturamento que presentam para sindicatos, mas odeiam os empregadores.
Problema deles
Ele também ignora o risco da saída do Uber do País: “Problema deles”. Não sabe que o problema é de 1,5 milhão de motoristas de aplicativo.
Idade da pedra
Parece desolador para um País em desenvolvimento um ministro do Trabalho de concepções anacrônicas, com a cabeça na era pré-internet.
Expectativa positiva
A expectativa da defesa do governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), é que o político reeleito em primeiro turno, em outubro passado, retorne ao cargo nos próximos dias, caso o pedido da defesa ao STF seja acatado.
Zero à esquerda
O português abestado António Guterres, o homem errado no lugar errado e na hora errada, voltou à Ucrânia para lacrar contra a Rússia. Até agora, zero iniciativa pela paz. Preferiu se associar aos senhores da guerra.
A todo vapor
Está a todo vapor a CPI do MST, de autoria do deputado Tenente-Coronel Zucco (Rep-RS), para investigar crimes dos bandoleiros que invadem terras produtivas: já são 63 assinaturas em menos de 24h.
Pé de defunto
Já o clima para instalar a CPI das Americanas é glacial. Mesmo com milhares de brasileiros lesados na fraude bilionária, até hoje a CPI protocolada por André Fufuca (PP-MA) não saiu do fundo da gaveta.
Relevância ignorada
Ser mulher do Lula e ser filiada ao PT desde os 17 anos é o que há de mais notável na biografia de Janja, para justificar a honraria reservada no Senado a “contribuição relevante em defesa dos direitos da mulher”.
Crueldade de zagueiros
Neymar é o jogador mais caçado em campo, mas a imprensa esportiva critica o craque com a crueldade dos zagueiros invejosos do seu talento, atacando-o por se machucar. Como se uma cirurgia no tornozelo destruído, sua contusão mais recente, fosse uma opção. Que horror.
Consequência rápida
A “crise” Dilma, que derrubou em 7% o PIB do Brasil (em apenas dois anos), fez empresas como a gigante japonesa Nintendo, o Citi (Citibank) e até um dos maiores bancos do mundo, o HSBC, abandonarem o País.
Décadas de atraso
Passado do Dia Internacional das Mulher, nunca é tarde para lembrar que somente no ano de 2016, um dia desses, o Senado se preocupou em instalar um banheiro feminino no Plenário.
Pensando bem…
…o dia foi da Mulher, mas a composição do governo, não: elas são minoria.
PODER SEM PUDOR
Uma cidade musical
Divertia o deputado Celso Luiz, presidente da Assembleia Legislativa de Alagoas, a história do novo pároco de Mata Grande (AL), que, extasiado, procurou o velho padre Almeida, já aposentado: “Nesta cidade não há pecadores! As pessoas apenas se penitenciam, no confessionário, por tocar instrumentos musicais, uma beleza!” Só então ele ficou sabendo que padre Almeida, santo homem, cansado de ouvir horrendos pecados, impôs o código no confessionário: transar virou “tocar trombone”, xingar “tocar violino”, trair era “tocar corneta” etc. Na missa seguinte, o jovem pároco, desolado, deu o recado: “Depois, quero ter uma conversinha com a turma da banda de música…”
Com Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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