Segunda-feira, 31 de março de 2025
Por Bruno Laux | 28 de março de 2025
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Concessão em debate
A Comissão de Economia do Parlamento gaúcho aprovou nesta semana o requerimento de audiências públicas apresentado pelo deputado Marcus Vinícius (Progressistas) para tratar do novo modelo de pedágios no Polo Rodoviário de Pelotas. Frente à proximidade do fim do contrato de concessão da Ecosul, o parlamentar sugeriu a realização dos encontros em Camaquã, Jaguarão, Canguçu e Guaíba, argumentando que o debate sobre o futuro da gestão das BRs 116 e 392 é essencial para evitar impactos negativos na economia regional e no custo do transporte. “A Ecosul já prejudicou muito a Metade Sul. Primeiro, esse contrato não pode ser renovado. Segundo, a nova concessão tem aspectos que precisam ser esclarecidos. Fiscalizar e cobrar é o caminho, sempre ao lado da nossa comunidade”, afirma Marcus.
Risco sanitário
Atendendo a denúncias da comunidade canoense, a deputada estadual Luciana Genro (PSOL) oficiou o prefeito de Canoas, Airton Souza, solicitando providências urgentes para solucionar o problema de esgoto a céu aberto na Rua Curumim, no bairro Estância Velha. Em uma vistoria no local, o mandato da parlamentar constatou que a tubulação responsável pelo esgoto sanitário está obstruída há anos, sem que as autoridades tomem as medidas necessárias para resolver a situação. No documento, Luciana questiona, entre outros pontos, se a prefeitura possui conhecimento do problema e quais as ações foram tomadas para solucioná-lo. “É inadmissível que os moradores convivam diariamente com esse descaso do poder público. Além do forte mau cheiro e do desconforto, há um grave risco sanitário, com possibilidade de proliferação de doenças.”, pontua a deputada.
Pedagiamento comprometedor
O deputado Gustavo Victorino (Republicanos) esteve em Parobé nesta quinta-feira para uma reunião com o prefeito Gilberto Gomes sobre as necessidades da região, com destaque para demandas rodoviárias. O encontro abordou os impactos negativos no entorno do debate sobre a instalação de um pedágio na cidade, que, segundo o líder municipal, deve comprometer a economia local, já impactada pela catástrofe climática de 2024. Requerente de uma CPI para averiguar a concessão de rodovias, Victorino destacou a necessidade de apurar a efetividade dos investimentos e permissões que estão sendo realizados no entorno da questão, “para que a economia gaúcha não seja, novamente, prejudicada”.
Capacitação para proteção
Os vereadores de Porto Alegre validaram nesta semana o projeto de lei que recomenda às empresas do município de Porto Alegre que possuam em seus quadros 50% ou mais de empregados homens a oferecerem, anualmente, formação continuada em aspectos da violência contra as mulheres. De autoria do ex-vereador Matheus Gomes (PSOL) e desarquivado por solicitação da vereadora Grazi Oliveira (PSOL), o texto permite às companhias firmar convênios com universidades públicas e organizações da sociedade civil com notória atuação na defesa dos direitos das mulheres para realizar a capacitação. “Acreditamos que a educação é uma ferramenta fundamental para transformar realidades e combater a violência de gênero. Agora, nosso desafio é incentivar as empresas a aderirem à proposta, promovendo ambientes de trabalho mais igualitários e livres de qualquer forma de violência”, destacou Grazi.
Fim do Perse
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmou para abril o fim do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos, do governo federal. O encerramento ocorre em decorrência de um dispositivo presente na lei de regulamentação da iniciativa, que prevê a extinção do benefício no mês seguinte ao que o programa atingir o teto de R$15 bilhões. Segundo Haddad, análises indicam que o valor delimitado será alcançado ainda em março, com projeções que superam os R$16 bilhões. Instituído em 2021, o Perse foi criado para ajudar empresas impactadas pela pandemia da Covid-19, quando uma série de negócios dos setores de eventos, turismo e alimentação tiveram amplas perdas financeiras em decorrência dos períodos de isolamento social.
* Instagram: @obrunolaux
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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