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Política Futuro ministro da Defesa afirma que manifestações políticas de militares nas redes sociais não serão toleradas

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Múcio Monteiro já anunciou os nomes dos novos comandantes das Forças Armadas

Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil
Segundo Múcio, ataques não foram abordados no encontro com Lula e chefes de Marinha, Aeronáutica e Exército. (Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil)

Anunciado como futuro ministro da Defesa, José Múcio Monteiro afirmou que assumirá o cargo com a missão de pacificar as Forças Armadas, envolvidas nos últimos anos na polarização que tomou conta do País, e que não serão toleradas manifestações políticas de militares nas redes sociais.

Ele não detalhou quais providências serão tomadas, limitando-se a dizer que agirá com “doçura”. O ministro confirmou que os atuais comandantes serão substituídos pelos oficiais mais antigos de cada Força. “O momento é pacificação das Armas, cada uma voltar para o seu papel. A despartidarização das Forças Armadas é absolutamente necessária no País”, afirmou Múcio, que assumirá o cargo em janeiro.

Além dos nomes dos novos comandantes das Forças Armadas, Múcio também disse já ter escolhido o secretário-geral da Defesa, seu número dois na pasta. Será Luiz Henrique Pochyly da Costa, atual secretário-geral de administração do TCU (Tribunal de Contas da União), com quem trabalhou na Corte de Contas.

Para comandar o Exército, o escolhido foi o general Júlio Cesar de Arruda; na Marinha, o almirante de esquadra Marcos Sampaio Olsen; e, para a FAB (Força Aérea Brasileira), o brigadeiro Marcelo Kanitz Damasceno.

Múcio informou que se reunirá com o atual ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, para dar iniciar à transição. Ele também disse que vai conversar com os atuais chefes da Forças a fim de convencê-los a mudar da ideia de antecipar a passagem do comando para dezembro, antes da posse de Lula, o que poderia ser interpretado como um ato de indisciplina.

Para Múcio, hoje existem seis Forças: “o Exército, a Marinha e a Aeronáutica que gostam de Bolsonaro e o Exército, a Marinha e a Aeronáutica que gostam de Lula”. Segundo ele, há ainda os militares que estão em cargos públicos e deverão ser exonerados.

“Tem muitos militares em cargos da Esplanada. Eles não representam uma Arma, são de todas as Armas. Em uma mudança de governo, você faz a substituição, vamos ver como as coisas vão acontecer”, afirmou Múcio, acrescentando que os próximos dias, até a posse, serão difíceis.

O futuro ministro criticou Bolsonaro por, segundo ele, incentivar movimentos golpistas, dizendo que o chefe do Executivo deveria mandar os manifestantes acampados em frente a quartéis enrolarem as suas bandeiras, de olho em 2026.

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