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Futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad promete plano robusto de corte de gastos

"A hora de fazer arranjo é no primeiro ano", afirmou Haddad em entrevista ao jornal O Globo. (Foto: Claudio Kbene/Fotos Públicas)

O ministro da Fazenda do governo Lula, Fernando Haddad, diz que o governo terá quatro anos, mas a economia precisa se ajustar logo no primeiro. Houve, pelos cálculos dele, um aumento de gastos de 3% do Produto Interno Bruto (PIB) pelo governo Bolsonaro para ganhar a eleição, 1,5 ponto percentual de aumento de gastos e 1,5 ponto de desonerações sem base técnica. E agora é preciso arrumar a casa.

“A hora de fazer arranjo é no primeiro ano”, afirmou Haddad em entrevista ao jornal O Globo.

Perguntado se será um anúncio formal no começo do governo, ele disse que serão vários:

“Serão vários anúncios formais, mas o que eu quero dizer é: o governo tem que dizer ao que veio logo. Arrumar a casa é o item um. Rever desonerações e benesses que foram dadas eleitoralmente e que não têm base técnica nenhuma. Temos que rever os atos desesperados. Isso é uma sinalização clara porque o Banco Central vai responder a ela, os investidores estrangeiros vão responder.”

O futuro ministro disse que essa é a sua máxima prioridade:

“Acredito que será logo no primeiro trimestre, porque depois disso vem uma agenda mais estrutural, com a nova regra fiscal e a reforma tributária.”

Haddad também garantiu que o deficit primário de R$ 220 bilhões previstos no Orçamento de 2023 será menor.

“Esse déficit não vai acontecer, ponto final. Isso não vai acontecer. Não é a maneira que eu trabalho”, afirmou.

Mais anúncios

Haddad anunciou nessa quarta (28) mais dois nomes que vão compor a sua equipe ministerial a partir do próximo ano. São eles:

Antes, o futuro ministro já havia anunciado:

Com os anúncios mais recentes, os principais cargos dentro do futuro Ministério da Fazenda já foram preenchidos. Falta ainda anunciar os presidentes das estatais que ficarão sob o guarda-chuva da pasta.

Haddad afirmou que Fernanda e Tatiana foram indicações das próprias carreiras para ocupar o ministério. Segundo o futuro ministro, elas foram “muito bem” recomendadas e farão interface com outros ministérios e órgãos do governo federal.

Ainda segundo Haddad, Tatiana Rosito vai para a Fazenda devido à sua experiência com a China.

“Tatiana morou dez anos na China. A última função que ela exerceu foi justamente em relação ao Banco do Desenvolvimento [dos Brics, atual NDB]. Então, estamos trazendo uma pessoa que tem larga experiência em China, em Brics”, afirmou.

A indicação dela foi acordada com o futuro ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira. Tradicionalmente, a secretaria de Relações Internacionais da Fazenda atua em parceria com o Itamaraty nas relações comerciais internacionais do Brasil.

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