Domingo, 22 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 1 de novembro de 2022
O agora vice-presidente eleito do Brasil, Geraldo Alckmin (PSB) afirmou recentemente que a “responsabilidade fiscal” é um ponto “inegociável” para um eventual governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Pelo Twitter, Alckmin reiterou a intenção de fazer a reforma tributária e defendeu a substituição de cinco impostos por um único imposto, o IVA.
O ex-governador de São Paulo afirmou que Lula vai focar a agenda econômica na competitividade, com a redução do custo de produção, e que a reforma tributária ajudará a economia a crescer. Ele afirmou ainda que “acordos internacionais são fundamentais”. “Precisamos nos abrir à liquidez do mundo, que aguarda o retorno do Brasil para investir por aqui, pautado na nova lógica da sustentabilidade”, disse. “É por isso que os mais respeitados economistas do Brasil, entre eles, os pais do Plano Real, apoiam Lula. Vamos ter um novo tripé: credibilidade, estabilidade, previsibilidade.”
Transição
A escolha de Alckmin para comandar a transição foi anunciada nesta terça-feira (1º), em São Paulo, depois de uma reunião com Lula. A reunião a portas fechadas foi em um hotel em São Paulo. No encontro também estiveram presentes integrantes da cúpula do PT. Na saída, Gleisi Hoffmann, presidente nacional do partido, anunciou a decisão sobre a equipe de transição.
“O coordenador é o governador Geraldo Alckmin, com o [Aloizio] Mercadante, que foi coordenador de programa de governo e tem essa relação com nossos programas. Ele vai estar junto na equipe, e eu também vou estar junto na parte da política e na relação com os partidos. Enfim, nós vamos ter a participação. Quero deixar claro isso nessa comissão de todos os partidos que tiveram conosco nessa caminhada”, afirmou.
Gleisi disse que conversou com o ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, e que o governo já disponibilizou o prédio do Centro Cultural do Banco do Brasil em Brasília (DF) para sediar a transição. Segundo ela, a prioridade será se debruçar sobre o orçamento da União para viabilizar as promessas da campanha.
“Nós queremos que o Auxílio Brasil seja de R$ 600, queremos que tenha reajuste do salário. Essas questões nós vamos discutir, mas mais do que isso. Nós queremos também ver como está a situação fiscal, porque a gente tem poucas informações sobre isso. Então a ideia é ter o quadro geral para saber e depois fazer as propostas”, afirmou.
Gleisi disse também que Lula já confirmou a participação na Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas, a COP27, que começa no domingo (6), no Egito. O convite veio de governadores de Estados do Consórcio da Amazônia Legal e do próprio presidente do Egito.