Os líderes do G20, que reúne as principais economias do planeta, anunciaram neste domingo (31) em Roma, na Itália, um compromisso para tentar conter as mudanças climáticas.
O grupo acordou em limitar o aquecimento global a 1,5ºC e encerrar financiamentos públicos a novas usinas a carvão, segundo o documento final do encontro. O G20 pediu uma ação “significativa e efetiva” para limitar o aquecimento global.
Os líderes não definiram uma data precisa para a neutralidade de carbono. O acordo diz apenas “por volta da metade do século”.
“Vamos acelerar nossas ações através da mitigação, adaptação e finanças, reconhecendo a importância fundamental de zerar as emissões de gases de efeito estufa global ou alcançar a neutralidade de carbono por volta da metade do século e a necessidade de fortalecer os esforços globais necessários para alcançar os objetivos do Acordo de Paris”, afirma o documento.
Por outro lado, apesar de algumas potências do G20 ainda serem dependentes do carvão para geração de energia – como China e Índia –, o grupo defendeu a suspensão dos subsídios a novos projetos de usinas a carvão no exterior já para este ano.
“Vamos encerrar a concessão de financiamento público internacional para novas usinas a carvão até o final de 2021”, indica o texto negociado durante a cúpula do G20. Porém, o documento não estabeleceu uma data para a eliminação da energia a carvão no mundo, prometendo fazer isso “o mais rápido possível”.
Os países do G20 são responsáveis por 80% das emissões de gases de efeito estufa em todo o planeta. O encontro do grupo contou com a presença do presidente Jair Bolsonaro.