Terça-feira, 26 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 26 de novembro de 2024
Tem ganhado força entre as instituições financeiras a possibilidade de o Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central (BC), acelerar o ritmo de alta da Selic para 0,75 ponto percentual em sua próxima reunião, nos dias 10 e 11 de dezembro. De acordo com a Pesquisa de Economia Bancária e Expectativas da Febraban, realizada com 17 bancos, 58,8% dos participantes avaliam como moderada a chance de aceleração do aumento da taxa básica de juros. O restante está dividido entre os que entendem que a chance é alta (23,5%) ou baixa (17,6%).
Neste mês, o Copom já acelerou o ritmo de alta e elevou a Selic de 10,75% para 11,25% ao ano.
A maioria das instituições (52,9%) também prevê que a Selic deve ficar acima de 12,5% ao ano no fim do atual ciclo de aperto monetário. Por outro lado, 70,6% dos entrevistados acreditam que o processo de desaceleração deve ocorrer ainda a partir do próximo ano.
Neste contexto, a expectativa para a taxa Selic voltou a se elevar ante as pesquisas anteriores. A mediana das expectativas atinge 12,75% ao ano em março de 2025, permanecendo nesse patamar até pelo menos a metade de 2025.
Para 52,9% dos entrevistados, o pacote de cortes de gastos necessários para reduzir os prêmios de riscos e ancorar as expectativas deve gerar, no mínimo, uma economia de R$ 60 bilhões a R$ 80 bilhões no acumulado de 2025 e 2026.
Já para a taxa de câmbio, as apostas também seguem em alta, mas com perspectiva de uma leve apreciação do real ao longo do período avaliado, retornando para R$ 5,50 no fim do segundo trimestre de 2025.
A maioria dos analistas (88,2%) espera que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fique em, pelo menos, 4% no próximo ano. Já 47,1% projetam que a inflação ficará em nível ainda superior.
Sobre a condução da política monetária pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano), grande parte dos analistas (76,5%) projeta que os juros nos Estados Unidos fiquem entre 3,50% e 4,0% ao ano no fim de 2025, valor próximo ao precificado pelo mercado atualmente. As informações são do jornal Valor Econômico.