Sexta-feira, 25 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 6 de outubro de 2023
O preço da gasolina passou a ser maior no Brasil que o praticado no mercado internacional desde a última quarta-feira (4), disse nessa sexta-feira (6) a Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis. Já o diesel está, em média, 6% mais barato internamente do que no Golfo do México, região que é usada como parâmetro para a comercialização desses combustíveis pelos importadores brasileiros.
A associação calcula que a Petrobras teria de fazer um aumento de R$ 0,38 no valor do litro do diesel para atingir a paridade com o preço internacional. Entretanto, a estatal abandonou em maio a PPI (política de preço de paridade de importação) e atualmente trabalha com uma fórmula que lhe permite ir até um preço-limite.
Levando em conta as refinarias privadas, a alta média do diesel seria de R$ 0,26 por litro, já que a unidade de produção que mais impacta o mercado, a refinaria de Mataripe, na Bahia, a segunda maior do país, pratica reajustes semanais para se aproximar da PPI.
A Acelen, empresa de energia controladora de Mataripe, registrava na quinta-feira (5) uma defasagem positiva de 8% para o diesel e de 6% para a gasolina. Nas unidades da Petrobras, agente dominante do mercado, o diesel chega a estar 10% mais barato do que no Golfo.
Já o litro da gasolina está R$ 0,01 mais caro no Brasil do que no exterior, no caso das refinarias da Petrobras, e R$ 0,04 nas refinarias privadas. A estatal não reajusta o preço desse combustível há 52 dias, depois de elevar em 16,2% a gasolina e em 25,8% o diesel, em 16 de agosto.
Recuo
Em contrapartida, preço médio do litro da gasolina recuou pela 6ª semana seguida nos postos de combustíveis do País. É o que mostram dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), divulgados nessa sexta. A pesquisa é referente à semana de 1º a 7 de outubro.
O combustível foi comercializado, em média, a R$ 5,77. O recuo foi de 0,52% frente aos R$ 5,80 da semana anterior, segundo os dados da ANP. O preço máximo do combustível encontrado nos postos foi de R$ 7,62.
Petróleo
Apesar da alta dos combustíveis e do petróleo no mercado internacional nas últimas semanas, em parte causada pela expectativa da suspensão das exportações russas desses produtos, a commodity voltou a ceder nesta semana.
Em menos de dez dias, o petróleo Brent saiu de US$ 96,55, no dia 27 de setembro, para US$ 83,97 o barril para os contratos de dezembro, no pregão dessa sexta.