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Por Redação O Sul | 13 de junho de 2015
A expectativa de crescimento nos gastos com mídia e entretenimento no Brasil, no período 2015-19, é de 10,2%, perto dos 10,5% de China e Índia –e mais que o dobro dos 4,9% dos EUA.
É o que diz o relatório Global Entertainment and Media Outlook, da consultoria PwC. Gastos com mídia e entretenimento são aqueles feitos por anunciantes, via publicidade, e pelos consumidores, via assinaturas, por exemplo.
O Brasil é um dos 54 países analisados. Entre os segmentos estão acesso à internet, jornal e publicidade na TV.
Para Marcelo Ribeiro, analista sênior da PwC Brasil, a perspectiva de forte aumento dos gastos nos emergentes se deve ao fato, entre outros, de serem economias de infraestrutura em expansão.
“O Brasil tem problema no crescimento”, diz. “Mas aos poucos vem fomentando infraestrutura. Em telecomunicações, os investimentos são altos nos últimos seis, sete anos, o que faz com que a população tenha acesso a bens e serviços que não tinha.”
Internet e jornal
O destaque é o acesso à internet, “basicamente em razão do smartphone”. Com desoneração fiscal e investimento das operadoras em 4G e fibra ótica, “a tendência é que passe de 35% de penetração em 2014 para 63% em 19”.
O avanço digital do país é também o que explica a perspectiva positiva para o setor de jornal, diz Ribeiro. No período 2015-19, o aumento nos gastos de assinantes e anunciantes com jornal será de 2,8%, ante a tendência global de estagnação (-0,3%).
“O que mais se destaca, em termos de jornal, é o crescimento digital”, diz o analista, acrescentando que, em grau menor, isso vale também para a relativa estabilização prevista para o mundo todo. O relatório diz que, globalmente, “a partir de 2017 a perda [nos gastos] será marginal, oferecendo ao setor uma estabilidade muito necessária”.