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Cláudio Humberto “Gatos escaldados” fogem de evento em Lisboa

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Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

Após a experiência desastrosa em Nova York, quando foram xingados por brasileiros indignados por onde andaram, os ministros do STF Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso desistiram de participar presencialmente, em Lisboa, de evento também organizado pela empresa do político paulista João Doria, para discutir problemas brasileiros em um dos destinos turísticos mais apreciados por suas excelências. Os ministros avaliaram ser prudente participar por vídeo.

Risco descartado

O temor é que Barroso e Moraes fossem alvo de protestos em Lisboa, onde vivem milhares de brasileiros, grande parte deles bolsonaristas.

Medo do repeteco

O evento em Nova York, criticado por não contratar seguranças suficientes para os convidados, foi também organizado por João Doria.

Tão perto, tão longe

A ministra Simone Tebet (Planejamento) também declinou. Barroso e Moraes e vão participar da distante Brasília nesta sexta (3) e sábado (4).

Dantas presente

Conhecido pelo apego a viagens internacionais, o presidente do TCU, Bruno Dantas, nem sequer cogitou cancelar sua participação presencial.

Planalto interveio para evitar derrota de Pacheco

Na véspera da eleição para presidente do Senado, soou o alarme na campanha de Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que tentava a reeleição. Após jantar de Rogério Marinho (PL-RN), até os mais otimistas ao redor de Pacheco viram os supostos 55 votos minguarem. Marinho já listava 34 votos para si. A turma de Pacheco estimava 42. O cenário ficou pior com o “já ganhou”, que levou Pacheco a confirmar presença na abertura do Ano Judiciário, no STF, ponto sensível que tirou votos do senador.

Contagem ao vivo

Após prever 57 votos para Pacheco, às 17h05 o Planalto só conseguia contar 44 votos, por isso saiu em campo para reverter a queda.

Enxuga o discurso

Foi sugerido a Pacheco não ir ao STF para “limpar a imagem”. Mas, com a presença já confirmada, sobrou para Pacheco encurtar o discurso.

Vale-tudo em campo

Para recuperar votos pedidos de Pacheco, o Planalto saiu prometendo a senadores cargos em órgãos ambicionados, como a Codevasf.

Lorota de campanha

Para diminuir a rejeição entre os senadores e se reeleger, Rodrigo Pacheco insinuou “mandato” para ministros do Supremo. Conversa mole. Ele engavetou todos os projetos que preveem essa mudança.

Pacheco, o coveiro

Em seu discurso de ontem, Rodrigo Pacheco defendeu, quem diria, que Senado exerça sua obrigação de “legislar”. Exatamente o que ele vem impedindo, ao fazer da sua enorme gaveta um cemitério de propostas.

Previsibilidade vs. Atenção

A vitória de Arthur Lira (PP-AL), reeleito presidente da Câmara, era tão previsível que até a quantidade de jornalistas que cobriam a eleição diminuiu. Quase toda a atenção esteve na disputa (apertada) do Senado.

Prioridades

A deputada Júlia Zanatta (PL-SC), eleita com quase 112 mil votos no ano passado, foi à posse na Câmara dos Deputados com um grande adesivo “Fora Lula” nas costas. “Prioridades”, definiu ela.

Michelle por Damares

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro foi ao Senado prestigiar a posse de sua amiga Damares Alves (Rep), senadora eleita pelo Distrito Federal. Mas a boataria ligou sua presença à campanha de Marinho.

Chilique na fila

Assessores sofreram para acomodar convidados de deputados de que foram à posse. Deram chilique. O cerimonial só liberou dois convites por parlamentar, mas eles levaram caravanas para o evento.

Cunha causou

O ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha causou alvoroço, nesta quarta-feira, ao chegar para a posse dos deputados federais eleitos. Servidores da casa e parlamentares disputaram selfies a seu lado.

Grana extra

Comerciantes aproveitaram para reforçar a renda com a posse dos parlamentares, nesta quarta (1º). Placa em aço com o diploma de suas excelências era oferecida pela bagatela de R$700.

Pensando bem…

…ao menos não apareceram 82 votos outra vez, na urna do Senado.

PODER SEM PUDOR

Faltou o balanço

Os adversários do ex-governador de Alagoas Ronaldo Lessa cansaram de cobrar um balanço, jamais realizado, nos sinais exteriores de riqueza ou de pobreza dos seus auxiliares. A expectativa foi gerada na primeira reunião do secretariado, ao tomar posse no seu primeiro governo, em 1999. Na reunião aberta à imprensa, o governador reagiu assim, quando os secretários se queixaram dos salários: “Uma coisa fica clara, quem sair rico do meu governo é porque roubou!”. Alguns caíram na gargalhada, outros sorriram amarelo. No fim do governo, necas de fazer balanço.

Com Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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