Segunda-feira, 13 de janeiro de 2025

Porto Alegre
Porto Alegre, BR
20°
Fair

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Economia Gaúcho que chefiava o Tesouro Nacional quer o PT rompido com o ministro da Fazenda

Compartilhe esta notícia:

Augustin tem defendido a necessidade de rompimento do PT com a atual política econômica do governo. (Foto: Valter Campanato/ABr)

Executor das operações contábeis conhecidas como “pedaladas fiscais”, o ex-secretário do Tesouro Nacional Arno Augustin tem defendido, nos bastidores, a necessidade de rompimento do PT com a atual política econômica do governo federal.  As manobras, realizadas quando o economista ocupou a pasta (2007 a 2014), teriam por objetivo maquiar o aumento dos gastos, a fim de garantir o cumprimento artificial das metas do Palácio do Planalto para o setor. Essa prática pode causar a reprovação das contas da presidenta Dilma Rousseff pelo TCU (Tribunal de Contas da União).

Um dos assessores presidenciais mais influentes dos últimos quatro anos e conhecido por sua lealdade a Dilma, Augustin deixou o governo em janeiro, decepcionado com a nomeação de Joaquim Levy para o Ministério da Fazenda.  Já no mês seguinte, em São Paulo, ele surpreendeu com um discurso amargurado, durante um encontro da DS (Democracia Socialista), ala da qual ele é membro no PT. Segundo correligionários presentes no evento, Augustin negou que os problemas da economia sejam causados por maus passos nos últimos anos. O ex-secretário teria atribuído a atual crise à retração mundial e à opressão do capital.

Em outra ocasião, sugeriu que a DS encaminhasse ao diretório nacional do PT um pedido formal de reprovação da política econômica, que considera “neoliberal”. Reconheceu, porém, a necessidade de freios e não citou nomes ao criticar o ajuste em curso, que envolve um corte de 18 bilhões de reais, proposto por Levy, por meio de alterações nas regras de benefícios trabalhistas e previdenciários. Procurado pelo jornal Folha de S.Paulo, Augustin classificou o relato como “mentiroso”, sem dar a sua versão sobre o assunto.

O documento elaborado pela ala petista após o encontro menciona colocações de Augustin, mas em um tom bem mais ameno. Fala, por exemplo, em “clara inflexão conservadora na gestão macroeconômica” e pede a retomada do “desenvolvimentismo social”.  Também aponta para o risco de o segundo mandato de Dilma ter, “na melhor das hipóteses”, um reduzido crescimento econômico, com uma alta eventual do desemprego e a expansão residual de políticas sociais, em meio a um contexto de “ajuste virtual vicioso, rigidez inflacionária e dificuldades na balança de pagamentos”.

Refúgio

Quando não está envolvido nas atividades partidárias, Augustin se refugia no interior do Rio Grande do Sul, onde mora com a sua família, afirmam fontes próximas ao petista. Ele e Dilma jamais voltaram a conversar e a presidenta sequer toca em seu nome no Palácio do Planalto. Essa distância surpreende quem testemunhava as reuniões quase diárias entre ambos, considerados “centralizadores”, “turrões” e tão semelhantes entre si que ministros comentavam, em tom irônico, não saber onde começava um e terminava o outro. Mas o ex-subordinado defende a chefe do Executivo quando alguém a ataca, pois a sua decepção se volta para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que chegou a criticá-lo publicamente. (Folhapress)

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Economia

Pela primeira vez em março, montadoras de veículos instaladas no Brasil não enviam dinheiro do lucro às matrizes
Empresas aéreas brasileiras não estão sentindo crise na venda de passagens
https://www.osul.com.br/gaucho-que-chefiava-o-tesouro-nacional-quer-o-pt-rompido-com-o-ministro-da-fazenda/ Gaúcho que chefiava o Tesouro Nacional quer o PT rompido com o ministro da Fazenda 2015-05-11
Deixe seu comentário
Pode te interessar